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Categorias: Mundo
| Em 7 anos atrás

Milhões participam de greve em apoio às mulheres na Espanha

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Em extensas manifestações pelo Dia Internacional da Mulher, a Espanha foi parcialmente paralisada nesta quinta-feira (8). Uma greve de duas horas teve adesão de 5,3 milhões de pessoas, segundo os sindicatos, incluindo homens e mulheres. O país tem 46 milhões de habitantes.

O lema do dia era de que “se nós paramos, o mundo é parado”. Houve passeatas em diversas regiões do país, com o apoio dos principais veículos de imprensa.

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Repórteres do jornal El País, por exemplo, se uniram à greve durante todo o dia -incluindo a filial brasileira sediada em São Paulo- e a cobertura ao vivo do El Mundo foi interrompida durante essas duas horas de protesto.

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Já os programas matutinos de televisão apresentados por mulheres foram excepcionalmente capitaneados por homens.

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Jornalistas se reuniram na praça de Callao, em Madri, e leram um manifesto exigindo o fim do machismo nas Redações. Apesar de a maior parte das equipes ser composta por mulheres, “as capas continuam a ser decididas por homens”, diz o texto.

Uma das razões para a greve foi apontada por uma pesquisa recente da empresa Metroscopia. Uma de cada três mulheres já se sentiu assediada sexualmente ao menos uma vez na Espanha, segundo o levantamento.

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Entre os 18 e 34 anos, essa cifra vai a 47% –justamente a idade em que entram no mercado de trabalho.

Segundo a Fundação de Estudos de Economia Aplicada, as mulheres ganham 13% menos do que os homens em tarefas semelhantes no país. Elas representam 73% dos contratos de meio período e, em geral, aceitam mais vagas temporárias.

Por esses motivos, 82% da população espanhola acredita que há razões o suficiente para a greve de quinta-feira, segundo a Metroscopia, em dados publicados pelo jornal El País.

Entre as mulheres, o número nessa mesma sondagem chega a 88%.

Em uma manifestação oficial, o premiê espanhol, Mariano Rajoy, disse que seu governo “trabalha pela igualdade real”. “Contamos com a colaboração de todos para chegar à plena participação das mulheres na sociedade nas mesmas condições dos homens”, afirmou o líder do conservador Partido Popular. (Folhapress)

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