Milhares de goianienses – 20 mil, segundo a Policia Militar e 60 mil, para os organizadores – saíram às ruas no fim da tarde desta sexta-feira (20), repetindo movimento nacional, que ocorreu em pelo menos 80 cidades, para um protesto que teve pauta ampla de reivindicações. O movimento, que tomou toda a Avenida Goiás e, em alguns momentos, a Avenida Tocantins e a 84, no Centro, foi comparável, segundo relatos, ao das Diretas Já. Entre os mais velhos, houve até quem dissesse que “é o maior protesto já visto no Estado”, apesar dos números da PM. Por volta das 15h, duas horas antes do previsto, milhares de pessoas já se aglomeravam na Praça do Bandeirante, no Centro da Capital.
A onda de protestos começou em Goiânia motivada, inicialmente, pelo aumento da tarifa do transporte coletivo na capital, estopim também para manifestos nas principais capitais do país. Mas, mesmo com a redução da tarifa em Goiânia e outras cidades, o movimento foi mantido e reivindica, entre outras coisas, a rejeição da PEC 37, a chamada PEC da Impunidade, mais investimentos em saúde, transporte e educação. Muitos também protestaram contra a “Cura Gay”, aprovada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
Os presentes também gritavam palavras de ordem como, “Ei, Goiás, Marconi nunca mais” e “Marconi, bicheiro, devolve o meu dinheiro!”.
Caminhada
Os manifestantes, então, contornaram todo o anel da Praça Cívica, cercando a sede do governo estadual. Depois, subiram a Avenida 84, rumo à Praça do Cruzeiro e seguiram para a Praça do Ratinho.
Eles também marcharam para a Praça Universitária e para a Assembleia Legislativa onde um pequeno grupo quis invadir o ocal, mas foi contido.
Em alguns momentos, houve correria. Poucos jovens, mascarados, foram dispersados pela polícia, mas, na maior parte do tempo, o movimento foi tranquilo. Antes da manifestação, policiais militares chegaram a distribuir rosas aos presentes.