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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Michel Temer descarta novos aumentos de impostos

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O presidente Michel Temer excluiu nesta quarta-feira (16) novos aumentos de impostos para contornar as restrições fiscais e manter a trajetória da dívida pública sob controle.

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“Até duas semanas atrás se falava de aumento de imposto e confesso que sempre tive resistência para tanto em qualquer categoria”, disse.

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Temer disse que sempre tentou governar de maneira que não haja aumento da carga tributária, salvo se ela for absolutamente indispensável. No mês passado, o governo elevou as alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis.

Nesta terça (15), a equipe econômica anunciou uma elevação do deficit fiscal a ser entregue neste e no próximo ano. O deficit previsto, que era de R$ 139 bilhões para 2017 e R$ 129 bilhões para 2018, agora será de R$ 159 bilhões para cada ano.

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Temer citou a queda da arrecadação e o efeito da inflação mais baixa, ao redor de 3%, sobre a receita, como motivos para a revisão da meta fiscal.

Disse ainda que o Refis, programa de refinanciamento de dívidas, foi modificado “radicalmente” pelo Congresso, o que faz com que os devedores esperem uma solução para voltar a pagar seus tributos.

O presidente também afirmou que, além de elevar o deficit, o governo promoveu novos cortes, como o de 60 mil cargos do serviço público federal, assim como adiou por um ano o reajuste de várias categorias do serviço público.

Privilégios

Temer voltou a dizer que a reforma da Previdência é fundamental, mas não disse quando e se espera a sua aprovação.

Ressaltou que, se não for feita agora, em dois ou três anos a reforma será “inafastável” e que, portanto, precisa ser reformulada em “brevíssimo tempo” para combater os privilégios do serviço público -sobre os quais concentrou suas críticas.

“O privilégio é que se está sendo combatido”, disse.

Temer criticou remunerações acima do teto salarial e os “altíssimos salários”.

A Constituição, disse ele, diz que o conjunto das remunerações não pode passar o vencimento do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Entretanto, o jeitinho brasileiro foi encontrando penduricalhos que foram se somando ao suposto conceito de remuneração, então ultrapassa-se o teto impunemente, que às vezes chega a R$ 50, R$ 60, às vezes mais de R$ 100 mil. Isso é que está sendo combatido.”

Temer se concentrou também no que chamou de “simplificação tributária” para incentivar o investimento e livrar as empresas do “cipoal” tributário.

“Trabalhamos nisso ativamente. Ainda ontem [terça] tive reunião com membros do Congresso Nacional e com minha equipe econômica no Palácio do Planalto para tratar da simplificação tributária. É algo que queremos fazer neste semestre”, afirmou. (Folhapress)

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