O presidente Michel Temer pretende manter o ministro Antonio Imbassahy à frente da Secretaria de Governo, apesar da pressão da bancada federal do PMDB em trocá-lo ainda nesta semana.
Em conversas reservadas, na noite de segunda-feira (20), o peemedebista disse que sua intenção é deixá-lo no cargo pelo menos até a convenção nacional do PSDB, em 9 de dezembro.
Para chancelar sua decisão, o Palácio do Planalto iniciou consultas à base aliada sobre a permanência do ministro e recebeu sinalizações positivas inclusive de partidos do chamado centrão, antes favoráveis à sua saída.
A avaliação é de que, com a nomeação do deputado federal Alexandre Baldy (GO) para o Ministério das Cidades, contemplando reivindicação do PP e de Rodrigo Maia, diminuiu a pressão pela troca do tucano neste momento.
O diagnóstico do presidente é de que agora é momento de “decantação” e que trocas abruptas podem mais atrapalhar do que ajudar na votação da reforma previdenciária.
Mesmo resistente a tirar Imbassahy, Temer não encerrou as conversas com a bancada federal do PMDB sobre substitutos para o ministro.
Isso porque ele poderá deixar o posto em dezembro caso o PSDB decida em convenção nacional sair oficialmente da base do governo.
Nesta terça-feira (21), o presidente se reuniu com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e com o líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), para discutir o assunto.
No caso da saída de Imbassahy, o partido defende os nomes dos deputados federais Carlos Marun (MS), Mauro Lopes (MG) ou Saraiva Felipe (MG).
O nome de Marun, que já indicou ao presidente que não será candidato à reeleição caso seja nomeado ministro, conta com a simpatia de assessores e auxiliares presidenciais.
Nesta quarta-feira (20), Baldy tomará posse para o comando de Cidades em cerimônia no Palácio do Planalto.