Apesar do relatório elaborado pelo Ministério da Defesa e entregue nesta quarta-feira (09/11) não ter apontado nenhuma fraude no processo eleitoral, manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) insistem em permanecer frente aos quartéis generais na esperança de uma intervenção militar.

A narrativa adotada em grupos bolsonaristas no Whatsapp e no Telegram é que o dossiê apesar de não ter apresentado grandes revelações sobre o processo eleitoral, nem ter apontado fraude, deixou a oposição – leia-se os petistas e setores da esquerda – “em pânico”. “Todos com semblante de desânimo, basta ver as aparições em público”.

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No Telegram, um grupo bolsonarista que defende intervenção militar publicava o seguinte card: “Desistir não é a opção. Lotem ainda mais os quartéis”. No Twitter, certo usuário pedia para que os ataques não fossem direcionados ao Poder Judiciário. “Permanecemos nós [sic] quartéis em silêncio se possível, expulsem os bagunceiros de entre vós, não ingerir bebida alcoólica, não usar som de preferência. Ir para frente do Judiciário é uma cilada!”

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Os grupos também disparavam vídeos do consultor argentino Fernando Cerimedo, amigo da família Bolsonaro que já havia promovido uma polêmica transmissão ao vivo questionando o resultado das eleições argumentando que o relatório das Forças Armadas apontavam falhas sistêmicas no processo de votação.

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No entanto, o próprio relatório, após comparar os boletins de urna com o resultado das eleições, chegou ao mesmo número de votos que definiu o processo eleitoral. Por meio de nota, o TSE disse que irá acatar as sugestões que não comprometeram a votação. No entanto, o vídeo era compartilhado aumentando o tom golpista. A legenda dizia para que bolsonaristas continuassem em frente aos quartéis.

Reportagem do Diário de Goiás havia mostrado que manifestantes bolsonaristas ficaram inconformados com o posicionamento e o relatório do Ministério da Defesa. “Tomamos chuva, fomos atropelados, passamos vergonha à toa? É isso? Caramba viu”, indagou um usuário no Twitter. “O que vão fazer? Ignorar solenemente. Desconsiderar e virar as costas para o povo. O povo já sabe o que aconteceu”, destacava outro. 

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