A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira (23) que seu governo quer acelerar a deportação de tunisianos que tiveram o pedido de asilo negado e aumentar o número de expulsões.
A declaração de Merkel se deu após a polícia de Milão ter matado a tiros Anis Amri, 24. Ele era suspeito do ataque a um mercado de Natal em Berlim na noite de segunda (19), que provocou a morte de 12 pessoas e feriu 48.
Amri teve seu pedido de asilo na Alemanha negado. Em um vídeo, ele jurou lealdade ao líder do Estado Islâmico Abu Bakr al-Baghdadi.
Em conversa por telefone com o presidente da Tunísia, Bejid Caid Essebsi, a chanceler disse que o atentado levantou muitas questões e que seu governo tomará medidas para aumentar a segurança da população. Nos últimos dias, ela recebeu duras críticas pela falha do serviço de inteligência em evitar o ataque.
“Também fizemos progressos neste ano na muito importante questão de deportar cidadãos tunisianos que não têm direito de permanecer na Alemanha”, afirmou Merkel. “Eu disse ao presidente tunisiano que temos que acelerar significativamente o processo de deportação e aumentar o número de pessoas que mandamos de volta.”
O governo alemão pretende ainda revisar as políticas de segurança e do serviço de inteligência, especialmente questões ligadas ao monitoramento de pessoas potencialmente envolvidas com grupos radicais como o Estado Islâmico.
Em 2015, a Alemanha recebeu 1,1 milhão de refugiados. Foram registrados 477 mil pedidos de asilo, o maior número da história do país.
Folhapress