Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano, nesta semana. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se amanhã (30) e quarta-feira (31), em Brasília, para definir Selic.
A expectativa do mercado financeiro para a decisão do Copom está na pesquisa Focus, elaborada semanalmente com projeções para os principais indicadores econômicos.
Em suas quatro últimas reuniões, o Copom optou por manter a taxa nesse patamar, depois de promover um ciclo de cortes que levou ao menor nível histórico.
Para o mercado financeiro, não deve haver alteração na Selic até o fim deste ano. Em 2019, a taxa deve subir e encerrar o período em 8% ao ano. Para 2020 e 2021, a expectativa é que permaneça em 8% ao ano.
A Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Em 2018, o centro da meta de inflação é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Para 2020, a meta é de 4% e, para 2021, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
A estimativa de instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado no sistema de metas de inflação, é 4,43% neste ano.
A projeção da semana passada estava em 4,44%. Para 2019, a estimativa permanece em 4,22%. Para 2020 e 2021, a estimativa para a inflação é de 4% e 3,95%, respectivamente.
A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 1,34% para 1,36%. Para 2019, estimativa foi ajustada de 2,49% para 2,50%. Para 2020 e 2021, a projeção segue em 2,50%.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar caiu de R$ 3,75 para R$ 3,71 no fim deste ano e permanece em R$ 3,80 no encerramento de 2019. (Agência Brasil)