Além dos 13,5 milhões de desempregados no país no segundo trimestre deste ano, outras 12,8 milhões de pessoas estão insatisfeitas com a posição que ocupam no mercado de trabalho. São aqueles que trabalham menos horas do que gostariam, ou que poderiam trabalhar mas não estão no mercado, como mulheres após o parto.
Ao todo, o contingente da força de trabalho subutilizada chegou a 26,3 milhões de pessoas no segundo trimestre, segundo o IBGE. No primeiro trimestre esse grupo era ainda maior e havia somado quase 26,5 milhões de pessoas.
A taxa de subutilização da força de trabalho -que soma os subocupados (que trabalham menos do que gostariam), os desocupados e a força de trabalho potencial sobre a força de trabalho- recuou para 23,8% no segundo trimestre do ano. Entre janeiro e março, o índice estava em 24,1% da força de trabalho. Essa é outra medida do impacto da recessão sobre o emprego.
Embora ainda em patamar elevado de desemprego, os números divulgados nesta quinta-feira (17) pelo IBGE reforçam os sinais de melhora recente no mercado de trabalho.
No entanto, o número absoluto dos subocupados aumentou de 5,2 milhões para 5,8 milhões. Isso pode indicar que parte das vagas geradas no segundo trimestre estão nessa subocupação.
A taxa de desocupação, que calcula o número de desempregados em relação à população em idade de trabalhar, caiu entre o primeiro e o segundo trimestre, de 13,7% para 13%, segundo já havia divulgado o IBGE no fim do mês passado. Foi a primeira queda desde o fim de 2014, na comparação trimestral.
A cada três meses o IBGE, além de divulgar a taxa de subutilização da força de trabalho, detalha informações sobre o mercado de trabalho com dados regionais, de escolaridade e raça.
Entre os Estados, o desemprego caiu em 11 das 27 unidades da federação no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses de 2017. Pernambuco é o Estado com a maior taxa, de 18,8%; são 767 mil de desempregados. Por outro lado, Santa Catarina tem o menor índice, de 7,5%, com 283 mil pessoas na fila da desocupação.
Entre as regiões, o pior cenário é no Nordeste, embora a taxa de desocupação tenha desacelerado para 15,8%. São 3,9 milhões de pessoas procurando trabalho sem encontrar nenhuma vaga naquela região.
Do primeiro para o segundo trimestre, o mercado de trabalho melhorou no Sudeste, de 14,2% para 13,6%; no Sul, de 9,3% para 8,4%; no Centro-Oeste, de 12% para 10,6%; e na região Norte, de 14,2% para 12,5%.
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