O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), disse que não colocou seu nome ainda à disposição do partido para disputar o governo do estado, em 2022, porque espera a decisão da sigla e o diálogo entre todos os emedebistas.

“Temos essas lideranças do MDB que têm defendido que eu coloque o meu nome, mas eu nunca fiz isso porque eu acho que temos que primeiro decidir se terá candidatura do partido ou não, até porque se o partido decidir não ter candidatura, como é que vamos defender uma candidatura”, disse o gestor em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira (13).

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De acordo com Mendanha, o MDB teria grandes perdas se optar por uma ruptura democrática no processo de decisão se lança candidatura própria ao governo do estado, nas próximas eleições.

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“O partido ainda não tomou nenhuma decisão para que a gente entenda que houve alguma ruptura para o partido e tendo isso a gente pode ter grandes perdas dentro do processo”, explica.

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Todos os caminhos no MDB levam o partido à aliança com o DEM, do governador Ronaldo Caiado, para as eleições de 2022. Três deputados estaduais da legenda emedebista deram corpo à parceria por meio de uma carta enviada à Direção do partido na última quarta-feira (8). 

O texto fala numa frente política para consolidar os trabalhos em benefício dos goianos e ressalta a convicção que o partido está no caminho certo.

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“Estamos convictos de que esta parceria é o melhor para o futuro de Goiás, pois ela está sendo construída por ambos lados de forma transparente e democrática, com o objetivo de consolidar uma ampla frente política que certamente vai desempenhar um grande trabalho em benefício dos goianos”, diz trecho da carta.

Com liderança do deputado e secretário geral do MDB regional, Paulo César Martins, e da Fundação Ulysses Guimarães, presidida pelo advogado Ênio Salviano, começou uma campanha pela candidatura própria do partido a governador de Goiás. O prefeito Gustavo Mendanha foi saudado como o nome para representar a sigla na disputa de 2022. A reunião aconteceu na noite de sexta, 10, no pátio do Colégio Atheneu.

“O MDB não pode aderir a chapa branca do governo”, sentenciou o deputado estadual e secretário-geral do Diretório Estadual, Paulo Cézar Martins, que organizou o encontro.

O cortejo entre Caiado e MDB se dá há meses. Em julho, quase todos os prefeitos emedebistas do estado assinaram uma carta defendendo apoio da sigla à reeleição do governador. Em eventos, Caiado e Daniel Vilela trocaram elogios.

Questionado se há membros do MDB defendendo de fato uma candidatura da sigla, Gustavo Mendanha explica que há vários líderes corroborando com essa premissa, já que são contra essa política atual do governo do estado.

“São várias figuras que têm defendido a candidatura própria, eu converso com vários lideranças, eu poderia citar aqui o ex-governador Agenor, ex-prefeitos que tiveram durante a história participações importantes no momento mais difícil do partido tem esse mesmo desejo, não só por acreditar que nós temos um projeto que é ideal pro estado, um modelo diferente do que esse aí está para poder apresentar para o povo goiano, como também a maioria de nós não gosta da forma que o governador Caiado vem administrando o estado de Goiás”, pontuou Gustavo.

Mendanha discorreu acerca dos deputados estaduais do MDB que assinaram carta em apoio à aliança com o governador Ronaldo Caiado para 2022 e afirmou que a discussão deve ser ampla.

“Eu respeito todos aqueles que pensam diferente de mim, agora nós não podemos num partido do tamanho do MDB, com o histórico que nós temos, avaliar decisões a partir daqueles que têm mandatos, até porque alguns desses são recém-chegados ao MDB, então acho que a gente tem que ter muita lucidez nesse momento, muito equilíbrio e buscar obviamente ouvir a opinião das pessoas que pensam diferente, mas fazer uma consulta ampla ao partido”, concluiu o prefeito.

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