Política

Membros da CEI da Comurg ainda não veem motivos para convocação de Rogério Cruz

Pelo menos até o momento, vereadores que estão atuando na CEI da Comurg acreditam que não será necessário convidar e tampouco convocar o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos). Uma eventual convocação do chefe do executivo municipal também não dependeria apenas da comissão, já que deve ser feita por meio do presidente da Câmara dos Vereadores, Romário Policarpo (Patriota).

Na base, mas com uma postura crítica em seu trabalho como vice-presidente da CEI, o vereador Welton Lemos (Podemos) tem suas dúvidas se será necessário chamar o prefeito. Ele explica que não caberá a CEI também esse chamado, mas acredita que não chegará ao ponto. 

“Não acredito que a gente vai convocar o prefeito não. Até porque a CEI não pode convocá-lo. Se houver a convocação tem de ter a anuência do presidente da Câmara. O presidente pode fazer, mas eu não vejo essa necessidade não. Os fatos não estão ligados a ele”, destaca Lemos. 

“A gente não tem, legalmente falando, a prerrogativa de convocá-lo. Mas eu acredito que não vai chegar a esse ponto. Aquilo que está acontecendo está recaindo pelas pessoas que são responsáveis pelos órgãos”, arremata.

Na base do prefeito, Henrique Alves (MDB), defensor do Paço Municipal na CEI, também dá coro a Welton mas abre a prerrogativa para que o convite possa ser feito num futuro. “No momento eu acho desnecessário. Não tem necessidade. Agora, Caso você tenha alguma situação que se relacione ao prefeito, tudo bem”, pontua.

“Hoje não tem justificativa até porque a Comurg tem a autonomia dos seus atos. O prefeito até indica membros para diretorias mas ele não tem participação direta nas tomadas de decisão dentro da Comurg. A partir do momento que for configurada uma situação diferente, isso pode mudar”, complementa.

Impeachment, Cruz?

Parlamentares também consideram prematuro falar em impeachment mesmo num contexto de desgastes. A avaliação é que a Comurg tem sua independência e o prefeito Rogério Cruz não pode ser responsabilizado pelas ações dos diretores e do presidente da companhia, Alisson Borges. No entanto, há uma certa unanimidade com relação à consequência política dos trabalhos: a base será remodelada com uma oposição mais contundente.

“O prefeito teve uma vida muito boa durante os primeiros dois anos de gestão. Ele tinha uma oposição de 2 ou 3 parlamentares. Uma ampla maioria e ainda assim não conseguiu governar”, revela um vereador que ainda está na base do prefeito Rogério Cruz. “Quando a CEI terminar os trabalhos, o prefeito provavelmente verá uma outra configuração na Câmara, com uma oposição muito mais forte”.

Outro vereador destaca que até o momento faz parte da base governista alerta: “Eu não tenho dúvidas que o prefeito terminará o mandato. Mas vai chegar em 2024 sem nenhuma competitividade para a reeleição”, prevê.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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