O secretário de Fazenda e Planejamento do estado de São Paulo, Henrique Meirelles, deve voltar a Goiás no fim de fevereiro. Segundo ele, o acordo com o governador paulista, João Doria, é permanecer no cargo por mais um mês e, logo depois, deixá-lo para dedicar-se à sua campanha.
Meirelles é pré-candidato ao Senado Federal pelo PSD e promete se desincompatibilizar antes do prazo final previsto pela lei, no início de abril. “Farei a desincompatibilização antes do prazo. Espero deixar o governo de São Paulo já no final de fevereiro para me dedicar em período integral à campanha em Goiás. A partir do mês de março, meus planos são estar em Goiás. Já está tudo combinado e acertado aqui”, disse à Rádio Bandeirantes Goiânia.
O ex-presidente do Banco Central ainda não definiu, porém, a chapa pela qual disputará a cadeira do estado no Senado. Meirelles mantém diálogos com as duas principais chapas, de Ronaldo Caiado e Gustavo Mendanha, e não descarta integrar nenhuma delas.
“Tenho uma excelente relação com o governador Ronaldo Caiado, o candidato a vice, Daniel Vilela, e tenho também uma excelente relação, mais recente, com o prefeito Gustavo Mendanha. Não há ainda uma definição. A ideia estruturada e combinada com todos é: estamos construindo a candidatura, está indo muito bem, as pesquisas indicam que estou em primeiro lugar na espontânea e estimulada, nos diversos cenários, e no momento certo vamos tomar a decisão da composição. É um pouco prematuro hoje”, sublinhou.
Desde o ano passado o país vive uma forte elevação nos preços dos combustíveis. Uma das medidas para tentar barrar a subida partiu do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz), com o congelamento do ICMS por 90 dias. O prazo vence no fim de janeiro e, numa decisão inicial, o colegiado afirmou que não estenderia a medida.
Porém, em nova reunião ainda neste mês, é possível que a decisão seja revista. Meirelles diz que votará pela manutenção do congelamento. “O preço internacional do petróleo está alto e vai subir mais. Temos também o dólar, que está muito caro pela política econômica”, justificou, reforçando que esses fatores elevam o valor do combustível para o consumidor final.
Meirelles também defendeu que o Congresso Nacional aprove um fundo de estabilização dos combustíveis, proposta em discussão desde o ano passado. Para ele, esse colchão poderia amortizar os aumentos e ajudar a segurar os índices inflacionários.