Cotado para assumir algum ministério no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (União Brasil-SP) disse nesta segunda-feira (07/11) que vai bem na iniciativa privada e que no momento “não é candidato a ministro”.

“Se eu sou candidato a ministro da fazenda? Não, não sou candidato a ministro. Eu estou na atividade privada, estou muito bem (…) Estou satisfeito e gratificado na atividade privada. Evidentemente que eu sempre sigo preparado para o serviço público e qualquer convite eu analiso quando ocorre. Eu não trabalho e nem perco tempo com hipóteses. O fato concreto é que estou na atividade privada e estou muito bem”, destacou.

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O economista é um dos únicos goianos cotados para a equipe ministerial de Lula. Ambos têm bom trânsito por já terem trabalhado junto com o petista quando foi presidente do Banco Central. Pesa contra a parceria, a defesa intransigente do teto de gastos que ajudou a criar.

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Lula defende maneiras para furá-lo, o que faz com que Meirelles tenha algumas resistências. O economista e engenheiro em entrevista à Jovem Pan News disse que o ‘fato concreto’ é que vai muito bem na atividade privada.

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Meirelles também pontuou que um dos objetivos urgentes para atual administração é criar um pacote de medidas que repita o sucesso da primeira gestão petista entre 2003 e 2007.

“É um momento importante para o Brasil com a definição do novo programa de governo, da nova via, das primeiras medidas discutidas. Todos esperamos que o país caminhe na direção correta, de maneira que nós possamos ter aquilo que aconteceu durante o primeiro mandato do Lula, que foi o crescimento e criação de emprego em níveis não repetidos desde então”, pontuou.

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Para Meirelles, o momento para as discussões principais é agora, haja vista que o governo petista ainda não assumiu e a transição está em curso. “É o momento de discussão e expectativas sobre as decisões e o direcionamento a ser discutido”, analisou Meirelles. 

De acordo com o goiano, a PEC da Transição será fundamental para cumprir promessas de campanha e readequar o orçamento de 2023. “Por exemplo, a manutenção do auxílio de R$ 600 é absolutamente fundamental para as famílias que já estão recebendo e precisam disso no momento de alto desemprego”, salientou. 

“O auxílio também às crianças e toda uma série de questões orçamentárias que foram deixadas por esse governo, somado a tudo, chega-se a algo próximo a R$ 170 bilhões. Mas é importante mencionar que tudo isso são números preliminares”, complementou.

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