Tentando passar uma mensagem de normalidade a todo momento e afastando a hipótese de incertezas sobre a orientação da política econômica, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, enfatizou em evento em São Paulo nesta terça-feira (23) que o Congresso Nacional tem que dar mostras de que não vai parar.
“O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciou que espera para o início de junho colocar em votação a reforma da Previdência. Existe uma consciência nacional de que as reformas precisam continuar sendo feitas”, disse ele.
Meirelles convidou a todos para “olhar para um prazo mais longo e disse que “a última coisa que precisamos agora é a economia começar a ter problemas por causa das questões discutidas na arena política”, afirmou. “Eu aposto no futuro do Brasil e estou trabalhando dia e noite nesta direção.”
Segundo Meirelles, o que interessam são as “correntes profundas”. “Não vamos achar que é pouca coisa a aprovação do teto de gastos. É a primeira vez que se altera a Constituição para isso”, disse. Segundo ele, a capacidade de o país crescer sem pressionar a inflação (o chamado “PIB potencial”), é de cerca de 2,3% sem reformas, subindo para 3,7% com reformas.
A despeito da tentativa de transmitir tranquilidade, Meirelles deixou o evento apressado e não falou com a imprensa, como sinalizado por sua assessoria antes de sua fala. (Folhapress)