O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira (14) que a liberação das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), aliada a outras medidas, devem representar até 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto).
A expectativa do governo federal é que até o final de julho ocorra uma retirada entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões, de um total de R$ 43 bilhões disponíveis nas contas inativas.
Somente a liberação das contas inativas representará 0,5% do PIB. O calendário de saque, que começa em 10 de março, foi divulgado nesta terça.
As outras medidas citadas por Oliveira são a possibilidade de sacar o Fundo para pagamento de parcelas do Minha Casa, Minha Vida, já anunciada, e a ampliação do limite do imóvel que pode ser financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação para R$ 1,5 milhão -esta última ainda em estudo no governo.
Com os saques, de acordo com Oliveira, a avaliação é que a inadimplência e o spread (diferença entre o que os bancos pagam para captar e o que cobram na ponta de consumidores e empresas) se reduzirão.
Isso porque a expectativa do governo é que a maioria das famílias usará os recursos para pagar dívidas e para comprar bens considerados prioritários.
“Isso dará alguma força para a retomada do crescimento, que, dentro da nossa avaliação já está começando”, disse o ministro após o anúncio do cronograma para saque das contas inativas do Fundo.
Oliveira afirmou ainda que o governo não considera a possibilidade de abrir saques do Fundo para trabalhadores com conta inativas após dezembro de 2015. “Temos cuidado com a sustentabilidade do Fundo”, disse. (Folhapress)