O índice de reajuste máximo do preço de medicamentos deve ficar entre 1,36% e 4,76% neste ano, de acordo com estimativas da Interfarma, que representa a indústria farmacêutica.
O cálculo, divulgado nesta sexta-feira (10), foi feito com base nos critérios que compõem a fórmula adotada pelo governo para fixar os índices de reajuste máximo do preço dos remédios, distribuídos conforme a categoria de medicamentos.
Os índices oficiais, porém, só devem ser divulgados pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em 31 de março.
Fazem parte dos critérios para o cálculo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), também divulgado nesta sexta, além de fatores como produtividade, custos dos insumos e concorrência do setor, todos já anunciados pelo governo.
Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. O aumento, no entanto, não deve chegar imediatamente às farmácias. Segundo a indústria, a previsão é que as primeiras variações de preço ocorram daqui a alguns meses, com a reposição dos estoques.
Indústria e varejo também podem optar por praticar um reajuste menor do que o permitido, principalmente nos casos de produtos de maior concorrência no setor e mais procurados pelos pacientes.
FAIXAS DE REAJUSTE
Em geral, o reajuste é dividido em três faixas, com base na concentração do mercado. Assim, medicamentos mais simples e produzidos por mais empresas, que costumam baixar os preços para manter a concorrência, têm permissão de reajuste maior. É o caso dos genéricos, por exemplo.
Na outra ponta, remédios patenteados ou fabricados por menos empresas, para os quais as indústrias teriam facilidade para aumentar os preços, têm menor índice de reajuste permitido -caso de alguns medicamentos oncológicos, por exemplo.
Assim, para esse ano, as faixas devem ser de 1,36%, 3,06% (para medicamentos no intervalo dessas duas faixas) e 4,76%. O valor máximo é semelhante à inflação dos últimos 12 meses.
No ano passado, a alta na inflação fez com que o índice máximo de reajuste permitido atingisse 12,5%. A variação do câmbio e a alta na energia elétrica também colaboraram para esta conta. Já em 2015, os índices variaram de 5% a 7,7%. (Folhapress)
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