Atual campeão olímpico da maratona, o queniano Eliud Kipchoge quebrou neste domingo (16), em Berlim, o recorde mundial da prova, com a marca de 2h01min39s.
O tempo alcançado pelo atleta de 33 anos surpreende por reduzir em mais de um minuto a marca anterior, de 2h02min57s, do compatriota Dennis Kimetto, que perdurava desde 2014.
“Eu não tenho palavras para descrever este dia”, disse Kipchoge, ex-campeão mundial de 5.000 m e medalhista de ouro na Olimpíada do Rio, em 2016. “Estou muito grato, feliz por quebrar o recorde mundial. Minha única palavra é ‘obrigado’.”
O tempo final dele na prova chegou a ser corrigido, já que num primeiro momento os organizadores tinham informado a marca de 2h01min40s.
Com temperatura na casa do 20ºC e com ausência de ventos, Kipchoge se colocou na liderança desde o início, dividindo-a algumas vezes com “coelhos” (atletas que tentam marcar o ritmo de prova).
O ritmo forte de Kipchoge, porém, o deixou isolado na prova a partir do 25º dos 42,195 quilômetros da prova.
“Foi difícil correr sozinho. Mas fiz minha própria corrida, confiei nos meus treinos, no meu programa e no meu treinador. Foi isso que me empurrou nos últimos quilômetros”, disse Kipchoge, que foi acompanhado pelos compatriotas Amos Kipruto (segundo) e Wilson Kipsang (terceiro).
Com o feito deste domingo, a Maratona de Berlim se mostra mais uma vez como o palco dos recordes na prova -nas últimas seis vezes, a marca foi quebrada nas ruas da capital alemã.
Na prova feminina, a vitória foi da queniana Gladys Cherono, que também conseguiu alguns feitos, com a melhor marca do circuito e a melhor marca do ano, com o tempo de 2h18min10s.