Em evento no Palácio do Planalto realizado nesta quarta-feira (28), o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou um reajuste de 20% para o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar.
O ato foi um dos últimos de Mendonça à frente da pasta. Ele pretende disputar as eleições em outubro e, para isso, precisa deixar o cargo até o dia 7 de abril.
Por meio do programa, o governo federal repassa recursos para auxiliar estados e municípios a custear o transporte de alunos que vivem na zona rural e estudam em área urbana.
O ministro não falou, contudo, no montante que será repassado. Em 2017, o governo anunciou uma verba de R$ 55 milhões para o programa.
O anúncio foi feito durante evento do Programa Mais Alfabetização e contou com a presença do presidente Michel Temer. Ele elogiou a atuação de Mendonça no Ministério e disse que seu governo fez uma “verdadeira revolução silenciosa na educação brasileira”.
“O nosso governo trabalha em silêncio e produz resultados. Trabalhamos muito para oferecer não uma educação qualquer, mas uma educação de qualidade, sincronizada com o mundo moderno e voltada para o futuro”, disse o presidente.
No mesmo evento, o governo anunciou ainda que fará um investimento de R$ 523 milhões no programa de alfabetização. De acordo com o Ministério, o objetivo é ajudar alunos do primeiro e do segundo ano que tenham dificuldades em aprendizado.
O programa foi anunciado em janeiro deste ano, mas só agora o governo divulgou os repasses. Este ano, serão liberados R$ 253 milhões no total, sendo R$ 124 milhões imediatamente e o restante no segundo semestre.
Os outros R$ 270 milhões ficarão previstos para liberação em 2019. De acordo com o MEC, 49 mil escolas aderiram ao programa. A previsão é de atendimento de R$ 3,6 milhões de estudantes.
Mendonça aproveitou a cerimônia para fazer agradecimentos por sua gestão à frente da pasta. “Foi o período mais instigante e desafiador das mais várias funções públicas que eu ocupei. Algo apaixonante”, declarou.
O ministro deve deixar a Educação até 5 abril. Entre os cotados para suceder o ministro está a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro. Ela conta nos bastidores com o apoio de Mendonça.
Há, contudo, uma indefinição sobre se o sucessor dele deve ser um nome com aval do DEM. Aliado do Palácio do Planalto, o partido agora pode ser um adversário nas eleições de outubro, já que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi lançado pré-candidato à Presidência da República.
“Vocês têm que entender que o Ministério da Educação não pertence ao Democratas e nem a nenhum outro partido. A própria composição do Ministério tem um caráter de amplitude. Eu tenho, por exemplo, secretários que já serviram e já trabalharam no Partido dos Trabalhadores.” (Folhapress)