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Política
| Em 3 anos atrás

MDB ratifica nome de Simone Tebet; para PSDB, ala de Aécio está isolada

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A executiva nacional do MDB confirmou nesta terça, 24, o nome de Simone Tebet (MS) como pré-candidata da chamada terceira via. O reforço em torno da senadora foi feito um dia depois de o ex-governador de São Paulo João Doria desistir da corrida pelo Planalto, enquanto tucanos ainda enfrentam disputas internas. Na avaliação de integrantes da cúpula do PSDB, a ala do deputado Aécio Neves, que ainda defende candidatura própria, está isolada

Os tucanos haviam se comprometido a anunciar apoio à emedebista, mas a definição foi adiada. Presidente do Cidadania, partido que compõe uma federação partidária com o PSDB, Roberto Freire divulgou uma nota na qual afirma que “nasce a candidatura única do centro democrático”. Os três partidos tentam romper a polarização protagonizada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

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A cúpula do MDB se reuniu ontem em Brasília. “Neste momento de polarização, dessa política de briga, que mais parece uma briga de torcida organizada de futebol, temos a responsabilidade de apresentar um nome que é novo, mas com grande envergadura, grande experiência política e com projeto de país”, afirmou o presidente do MDB, Baleia Rossi, após o encontro.

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Importantes caciques regionais declararam estar a favor do projeto presidencial de Simone, como a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney e o ex-senador Romero Jucá (RR), ambos presidentes de diretórios estaduais. Os prefeitos de São Paulo, Ricardo Nunes, e o de Porto Alegre, Sebastião Melo, também fizeram coro aos apoiadores.

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Diretórios estaduais, no entanto, que são publicamente contrários ao lançamento de uma candidatura própria do MDB, como os do Ceará, de Alagoas e da Paraíba, não participaram. “Eu não quis participar porque minha posição é pública. O desafio agora está com ela (Simone), mexer na fotografia das pesquisas”, disse ao Estadão o presidente do MDB de Alagoas, senador Renan Calheiros, que é apoiador de Lula.

Apesar das resistências no MDB, Baleia Rossi aposta na união do PSDB. “Tenho a convicção de que o PSDB conseguirá maioria absoluta para vir para este movimento do centro democrático. Não é algo que a gente está discutindo ontem nem hoje, a gente está há bastante tempo dialogando.”

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Impasse

O grupo encabeçado por Aécio, após a desistência de Doria, passou a citar o nome do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o do senador Tasso Jereissati (CE) como alternativa.

De acordo com o presidente do PSDB, Bruno Araújo, esse tema já foi debatido pela executiva tucana, que deliberou em duas oportunidades pela proposta de seguir na aliança com o MDB. Isso não impede, porém, que a questão seja novamente colocada em pauta no próximo encontro, marcado para o dia 2 de junho.

Araújo afirmou que o ex-governador de São Paulo poderá ter agora um peso maior no debate interno do partido. “O gesto de Doria deu a ele maior autoridade política e moral, e sua opinião neste momento passa a ter maior poder dentro do PSDB”, disse o dirigente.

‘Esperança e paz’

Doria participou ontem do primeiro evento após a desistência. Ao lado do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que tentará a reeleição, ele afirmou que “o Brasil precisa de paz e esperança”.

No almoço do Lide, grupo de relacionamento com empresários que Doria criou, Garcia disse que só se surpreendeu com o anúncio da retirada da pré-candidatura ao Planalto “quem não conhece” o ex-governador. “Todos que convivem com você, conviveram com você, sabem que você sempre teve espírito público, sempre teve o desprendimento necessário em favor das causas coletivas”, disse o governador, dirigindo-se a Doria.

Depois, Garcia foi questionado por jornalistas sobre a participação do aliado na sua campanha, mas desconversou. “O ex-governador Doria realizou um grande trabalho aqui em São Paulo”, afirmou Garcia, sem responder se ele subiria em seu palanque.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a pré-candidatura de Garcia foi um dos motivos para o PSDB desembarcar do projeto nacional de Doria O temor é que a rejeição ao ex-governador, registrada nas pesquisas de intenção de voto, prejudique as chances do partido de permanecer no comando do Palácio dos Bandeirantes. O PSDB governa o Estado de São Paulo há 28 anos.

Também em entrevista, Doria afirmou que Garcia é o candidato “mais preparado”. “É o candidato com melhores condições para dar continuidade ao trabalho que ele já vem realizando brilhantemente em São Paulo. Terá o meu apoio”, disse.

Empresários e economistas apoiam senadora

Um grupo de empresários, economistas, representantes das áreas da educação e urbanismo e artistas assinaram um manifesto endossando o nome da pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet. No texto, o grupo afirma que a senadora representa uma liderança “enérgica e pacificadora”, capaz de “unir o País”.

Revelado pela Coluna do Estadão, o abaixo-assinado foi publicado na plataforma Change.org quatro dias antes de o ex-governador João Doria (PSDB) desistir de concorrer à Presidência da República.

Entre os signatários estão nomes da indústria à Faria Lima, como Candido Bracher, ex-presidente do Itaú Unibanco, Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, e Wolff Klabin, presidente do conselho da Klabin, além de economistas de linhagem tucana, como Armínio Fraga, Eliana Cardoso e Elena Landau, organizadora do programa econômico de Simone Tebet.

“Os brasileiros precisam entregar o comando do Poder Executivo a uma liderança enérgica e pacificadora, dotada de credibilidade, de experiência na gestão pública e no Parlamento”, afirma o texto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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