Publicidade
Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

MBL acusa Frota de “sequestrar” nome e ganha batalha judicial

Compartilhar

Publicidade

O ator Alexandre Frota, que já chamou o MBL (Movimento Brasil Livre) de “movimento das bichinhas livres”, terá de se abster de usar a marca MBL.

Publicidade

Isso porque Frota -um dos expoentes da nova direita brasileira- reivindicava a paternidade do nome “Associação Movimento Brasil Livre”, por meio de um registro dessa logomarca no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual).

Publicidade

Uma decisão judicial de caráter liminar, publicada nesta terça-feira (7) pela 17ª Vara Cível de Brasília, determinou que Frota e a Associação Movimento Brasil Livre “se abstenham de utilizar a marca ‘MBL – MOVIMENTO BRASIL LIVRE’ ou de se identificarem como seus detentores, sob pena de multa de R$ 1.000 a cada utilização indevida”.

Eles também terão que retirar do ar o site www.movimentobrasillivre.com.br, no prazo de cinco dias, ou precisarão pagar R$ 1.000 por dia em que descumprirem a ordem judicial. Até a noite desta terça, o domínio ainda estava on-line.

Publicidade

Nele, Frota é apontado como vice-presidente do novo movimento, criado em 2014 por “um grupo de amigos composto por Alessandro Gusmão, Daniel Araújo, Marcelo Tavares, Lúcia França, Paulo Gusmão, Vinícius Aquino e cerca de 40 outras pessoas descontentes com o rumo político-econômico que o Brasil trilhava”.

A liminar reflete “a tentativa patética de sequestrar o nome do movimento”, disse o líder do MBL original, Kim Kataguiri. “É como se eu criasse a Associação Coca-Cola e entrasse no INPI exigindo que a marca fosse minha.”

Criado na esteira dos protestos de 2014 contra a então presidente Dilma Rousseff (PT), o MBL mais famoso tentou registrar o nome duas vezes (sem sucesso) em 2015 e uma terceira vez em junho, com decisão ainda em suspenso. O grupo homônimo fez a mesma demanda ao INPI, três meses depois, solicitação também em andamento.

RINGUE

Frota já desferiu várias bofetadas na turma de Kataguiri, a quem apelidou de “filhote de Jaspion”.

Disparou no Twitter sobre outros dois integrantes do MBL:

1) Renan Santos “tá precisando tomar uma pirocada bem dada pra parar de mentir”;
2) Já Pedro Ferreira seria “o primeiro na fila com cara de santo conservador, mas fora dali enfia o microfone na bunda do amigo”. Além da atividade política, Pedro é da banda de funk alternativo Bonde do Rolê, famosa por músicas como “Solta o Frango”.

“Triste saber que existem pessoas na direita que acham que criar intrigas diretas é mais importante do que lutar contra um adversário maior e comum”, disse Kataguiri. Procurado, Frota não respondeu.

Em sua sentença contrária ao ator e seu grupo, a juíza Marcia Regina Araújo Lima afirma que “a proteção conferida à marca tem por objetivo evitar a concorrência desleal, a possibilidade de confusão ou dúvida nos consumidores, ou locupletamento com o esforço e trabalho alheios”.

Num ponto, ao menos, MBL e Frota estão unidos: ambos estão sendo processados por Caetano Veloso, após afirmarem que o cantor teria cometido pedofilia em sua relação com Paula Lavigne, hoje sua esposa.

O relacionamento do casal começou quando ela tinha 13 anos, e ele, 40, numa época em que a criminalização do sexo entre maiores e menores de 14 anos era discutida caso a caso, a cargo do juiz.

 

Publicidade