O submarino desaparecido que naufragou foi encontrado pela Marinha da Indonésia e confirmada as mortes de 53 tripulantes. A informação foi divulgada pelo UOL, neste domingo (25).
O submarino havia desaparecido na última quarta-feira (21), foi encontrado seccionado em três partes no fundo do mar na costa de Bali, segundo o chefe do Estado-Maior da Marinha, Yudo Margono.
Por sua vez, o comandante das Forças Armadas da Indonésia, Hadi Tjahjanto, confirmou aos jornalistas que “todos os 53 tripulantes morreram”. As autoridades disseram que receberam sinais do local a mais de 2.600 pés (800 metros) de profundidade na madrugada deste domingo. E acrescentou que usaram um veículo de resgate subaquático fornecido por Singapura para obter confirmação visual. Tjahjanto disse que mais partes da embarcação foram descobertas neste domingo, incluindo uma âncora e roupas de segurança usadas pelos membros da tripulação.
Aviões, barcos e centenas de soldados foram mobilizados para localizar o “KRI Nanggala 402”, um submersível de cerca de quarenta anos de construção alemã, desaparecido durante exercícios militares. As esperanças de sobrevivência da tripulação já eram consideradas mínimas, pois as reservas de oxigênio do submarino estariam esgotadas.
Ontem, após encontrar destroços e objetos de dentro do submersível, a Marinha admitiu que ele sofreu danos irreparáveis ao naufragar. Entre os objetos encontrados, foram recuperados parte de um sistema de torpedo e um frasco de graxa para lubrificar periscópios. Também foi encontrado um tapete para orações, comum na Indonésia, país que abriga o maior número de muçulmanos do mundo.
O presidente Joko Widodo descreveu os marinheiros desaparecidos como os “melhores patriotas”. “Todos os indonésios expressam sua profunda tristeza por este acidente, especialmente aos parentes da tripulação do submarino”, disse o presidente. As autoridades ainda não deram uma explicação oficial para o acidente, mas afirmam que o submarino pode ter sofrido uma grande avaria elétrica que impediu a tripulação de retornar à superfície.
Yudo Margono, chefe da Marinha da Indonésia, havia descartado, no entanto, uma possível explosão, estimando mais provável que o submarino se partiu devido à pressão da água em profundidades superiores a 800 metros, acima do seu limite de resistência.