Não só por suas músicas é que a cantora Marília Mendonça ficará eternizada na história. A Rainha da Sofrência também poderá dar seu nome para uma grande avenida de Goiânia. O vereador Marlon Teixeira (Cidadania-GO) que encabeça a ideia e promete enviar nesta terça-feira (10/11) um projeto de lei que mudaria o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Marília Mendonça.  

A avenida tem aproximadamente 5km de extensão e passa por diversos bairros da capital e para Teixeira seria uma forma justa e à altura do que representou Marilia Mendonça não só para Goiânia mas também para o Brasil. “Marília era uma mulher de posicionamento e de opinião, ela foi um fenômeno, não só na música mas em influenciar outras pessoas, principalmente em encorajar outras mulheres”, destaca Marlon ao Diário de Goiás.  O vereador também destaca a diversidade musical que Marília Mendonça alcançava, flertando do hip hop, passando pelo samba e chegando até o MPB tradicional. 

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Goiana e ícone do sertanejo

Marília Mendonça tinha 26 anos de idade e nasceu em Cristianópolis, na região da Estrada de Ferro. Ela começou a carreira como compositora aos 12 anos de idade e estourou aos 20 anos com a música Infiel, mas desde muito antes já compunha músicas que estouraram na voz de outros cantores. Em entrevista, a cantora revelou que até 2017, tinha composto mais de 300 músicas.

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Em 2017, ela recebeu uma indicação ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja. Após sua morte, a organização de um dos prêmios mais importantes da música brasileira: o Prêmio Multishow anunciou Marília Mendonça como “Cantora do Ano” de 2021, em forma de homenageá-la. Ela concorria com Ivete Sangalo, Anitta, Iza e Luisa Sonza. Todas foram unânimes ao abrir mão do prêmio. 

A goiana também abriu caminho para o feminejo, subgenero do sertanejo em que as cantoras não apenas interpretam as músicas, mas também as constroem e compõe. “Marília Mendonça representa liberdade, alegria, empoderamento de mulheres e quebra de tabus e preconceitos. Ela também teve um papel fundamental no direitos das mulheres. Além de sua obra ser cultural é social também. Sua obra tem tudo a ver com o empoderamento da mulher”, reforça Marlon.

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Ela teve um filho com o também cantor Murilo Huff. Léo Dias Mendonça Huff tem dois anos de idade. 

Morte precoce aos 26 anos

Marília Mendonça viajava para uma série de shows em Minas Gerais quando o avião que a levava caiu após bater na rede elétrica em Caragatinga, cidade em que se apresentaria na última sexta-feira (05/11).

Todos os que estavam no avião não resistiram à queda. Além dela, morreram Henrique Ribeiro, produtor; Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor; Geraldo Martins de Medeiros Junior, piloto do avião; e Tarcísio Pessoa Viana, copiloto.

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