O pedreiro Reginaldo Nunes de Moura, de 43 anos, preso na manhã desta quinta-feira (23) em Goianira, confessou o assassinato da esteticista Juscelia de Jesus Silva, de 32 anos. Dia antes do crime, o casal se desentendeu por conta de uma quantia de R$ 8 mil da venda de um veículo.
Em depoimento à Polícia Civil, Reginaldo disse que Juscelia queria pegar o valor e juntar com outra quantia que eles tinham para quitar uma dívida de R$ 13 mil, segundo o pedreiro, ele queria pagar dívidas menores e guardar um determinado valor para negociar a referida dívida futuramente.
Durante a discussão, Juscelia acabou sendo jogada no chão batendo a cabeça e possivelmente quebrado o pescoço e morrendo. Portanto, a causa da morte ainda não foi determinada e a polícia aguarda laudo de exames complementares da Polícia Técnico-Científica.
De acordo com o delegado adjunto da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios, João Paulo Mendes, o marido não acionou por socorro médico. “A gente inquiriu se ele chegou a acionar socorro ou pedir ajuda, mas disse que não, porque ficou muito nervoso”, disse o delegado.
Ainda em depoimento, Reginaldo disse que usou o carro do irmão de Juscelia para desovar o corpo em uma estrada vicinal em Abadia de Goiás, local onde foi encontrado no último dia 19 já em estado de decomposição enrolado em um saco plástico.
Durante investigação, a Polícia Civil disse que o acusado começou apresentar várias versões. A primeira é que Juscelia havia desaparecido depois de ir a uma entrevista de emprego, o que foi descartado pela PC. A corporação entrou em contato com várias clínicas de estética da região e em nenhuma delas Joscelia apareceu para entrevista.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, após o crime, Reginaldo ficou com o celular da vítima enviando mensagens para o próprio celular e da família dela, na tentativa de dispensar a polícia.
Assim, ele mesmo mandou mensagem do celular de Juscelia, para o seu celular se passando pela vítima informando que voltaria para casa de Uber e pedindo dinheiro. Porém, conforme investigação não houve registro de corrida no aplicativo.
Outra ação que levantou suspeita dos investigadores foi após o corpo ser encontrado. Reginaldo não compareceu ao velório e desde então não tinha sido mais visto. Ele foi encontrado escondido em um hotel localizado às margens da G0-070, em Goianira na noite desta quarta-feira (22).
O caso continua em investigação na Delegacia de Investigação de Homicídio (DIH) e o homem deve responder por feminicídio, obstrução das investigações e ocultação de cadáver.