Foi sancionado pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), projeto de autoria da deputada Adriana Accorsi (PT) projeto que concede título de cidadã goiana à Maria Da Penha Maia Fernandes. A justificativa é que a homenageada é uma importante protagonista da Lei nº 11.340/2006, que leva o nome dela. Com 71 anos e três filhas, hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica. Trata-se de uma farmacêutica brasileira que lutou para o agressor viesse a ser condenado.
Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada à época pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei Maria da Penha, na qual há aumento no rigor das punições às agressões contra a mulher, quando ocorridas no ambiente doméstico ou familiar.
A Lei Maria da Penha é considerada a terceira melhor lei do mundo no combate à violência doméstica. Maria da Penha milita na luta contra a violência doméstica e o feminicídio e dirige o Instituto Maria da Penha que presta auxílio a todas as mulheres que precisem de orientação e proteção
História da homenageada
Maria da Penha conheceu o marido, um professor de economia colombiano, Marco Antônio Heredia Viveros, logo depois de concluir o mestrado em parasitologia. As agressões dele começaram por volta do quarto ano de casamento.
No início, a violência era psicológica e verbal, do tipo que causa desvalorização da pessoa. Em 1983, o marido, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou simulando um assalto, na segunda tentou eletrocutá-la.
Por conta das agressões sofridas, Maria da Penha ficou paraplégica. Dezenove anos depois, seu agressor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso por dois anos. Solto em 2004, hoje está livre.