O senador Marcos do Val (Podemos-ES) ficou por mais de quatro prestando depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (19). O parlamentar chegou à sede da PF, em Brasília, às 13h09 para ser ouvido sobre uma suposta trama golpista articulada em fevereiro.

Na época, por meio de suas rede sociais, Marcos Do Val denunciou a suposta trama golpista envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O senador acusou Bolsonaro e também o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) de organizarem uma reunião, no fim do ano passado, para propor um possível plano de golpe de Estado.

Publicidade

Do Val chegou a dizer que pretendia gravar uma conversa dele com Alexandre de Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que o ministro dissesse que estaria extrapolando os limites constitucionais. Dessa forma, o parlamentar disse que apoaidores do ex-presidente solicitariam a prisão de Moraes e a anulação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Publicidade

Ele negou, após a operação da PF, que tenha contado mais de uma versão sobre o caso. As contas do senador em redes sociais foram bloqueadas por determinação do STF. Entre os crimes em que ele pode ser enquadrado, segundo as investigações, está o de divulgar informações sigilosas que podem causar prejuízo a outras pessoas.

Publicidade

Vale lembrar que Jair Bolsonaro também já prestou seu depoimento à PF sobre o caso e, na ocasião, disse que se encontrou com Do Val sabendo que conversariam sobre o ministro Alexandre de Moraes, mas não sobre golpe. O ex-presidente disse que, na época da reunião, havia a possibilidade de senadores mudarem de partido, “e nada mais além disso” teria sido discutido. Sobre as falas de Marcos do Val, Bolsonaro disse que “ele que responda pelos atos dele”.

Bolsonaro ainda disse que, “se não tivesse nenhum capital político, não estariam fazendo isso contra mim […] Muitos outros [depoimentos] terão. Fazer uma busca e apreensão na minha casa contra a orientação do Ministério Público atrás de cartão de vacina, no meu entender, é um ato de esculacho”.

Publicidade
Publicidade