O governador Marconi Perillo reuniu-se hoje com o comando da aeronáutica, em Brasília, para discutir o contrato de concessão da pista do Aeroporto de Cargas de Anápolis. O governo trabalha na finalização das licitações para a concessão da Plataforma Logística e do Aeroporto de Cargas da cidade. Os terrenos onde se localiza o aeroporto estão em nome do Comando da Aeronáutica. Há um contrato de concessão para o governo do Estado de 35 anos.
“Viemos aqui dirimir dúvidas em relação a este contrato para que o Estado fique desimpedido de fazer a licitação, concluir o aeroporto e colocá-lo nas mãos da iniciativa privada. Este será o segundo mais importante aeroporto de cargas do Brasil”, previu o governador.
Marconi disse que o objetivo de seu governo é consolidar a concessão do aeroporto este ano, assim como pretende concluir o pátio de cargas para que ele seja definitivamente inaugurado. “Ele já está pronto. A pista tem três mil metros quadrados, 400 metros a menos do que o aeroporto internacional de Brasília”, disse.
O governador previu ainda que o aeroporto será de extraordinária importante para Goiás e para o Brasil e que Base Aérea de Anápolis, em no máximo três anos, passará a ser a mais importante do País.
Durante a reunião, ele também foi informado sobre o projeto de modernização das aeronaves da Base Aérea. De acordo com o brigadeiro Maurício Augusto de Medeiros, chefe da assessoria de Relações Institucionais do comando da aeronáutica, as aeronaves serão substituídas por outras bem mais modernas. “Há um projeto da Força Aérea de substituição das aeronaves Mirage que faziam a proteção da capital federal. Houve um programa FX e dele saiu a decisão do Governo Federal de comprar 36 aeronaves Gripen, caças de origem sueca”, informou o brigadeiro.
Segundo ele, os caças são de quinta geração e dispõem de uma gama de possibilidades de missões muito grandes. O primeiro lote deve ir para a Base de Anápolis visando dar essa proteção e esse apoio à capital federal.
As aeronaves existentes no Brasil são da década de 1970. Embora cumpram sua missão, não estão no mesmo patamar das aeronaves fabricadas recentemente, de quinta geração. “A diferença – explica o brigadeiro – é a gama de missões que uma só aeronave é capaz de realizar”.
Para o comando da aeronáutica, a Base Aérea de Anápolis é importante para o Brasil por vários motivos, dentre eles a localização. “Por estar no centro do País, ela tem facilidade de oferecer acesso rápido a qualquer região do Brasil. A outra é que a base de Anápolis não é compartilhada. O aeródromo é estritamente militar o que nos possibilita ampliar o aeroporto sem a necessidade de compartilhar com voos e aeronaves comerciais”, salientou.