Após ser confirmado como o pré-candidato do PSDB ao Palácio das Esmeraldas, o ex-governador Marconi Perillo, em busca de liberdade para negociar seu palanque em Goiás, terá conversas com o presidente nacional do partido, Bruno Araújo.
Segundo uma fonte tucana, com a pré-candidatura definida, Marconi passa a ter legitimidade para dar início ao diálogo sobre alianças, e não descarta uma composição com o PT.
Nos bastidores, petistas reclamam que o ex-governador ainda não procurou a cúpula do PT em Goiás. Porém, de acordo com a fonte do PSDB, isso não poderia ter sido feito enquanto houvesse dúvida em relação ao cargo que Marconi disputará.
LEIA TAMBÉM: Lula ainda tem interesse em aliança entre PT e PSDB de Marconi Perillo, diz Aava Santiago
LEIA TAMBÉM: ‘PSDB tem dificuldade em caminhar com o PT em Goiás’, avalia Antônio Gomide
O tucano não deve encontrar resistências com a direção nacional do PSDB. A sigla apoia a pré-candidatura a presidente da senadora Simone Tebet, do MDB, mas, como os dois partidos estão em lados opostos no cenário goiano, a tendência é a de que Marconi tenha, de fato, liberdade.
Joga a favor de uma aproximação do ex-governador com o PT a sua relação com o pré-candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB). Ambos foram correligionários. Marconi também tem portas abertas com Aloizio Mercadante, ex-ministro de três pastas diferentes durante governos petistas.
Por outro lado, a grande questão a ser resolvida é a situação do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Wolmir Amado, cuja pré-candidatura a governador já foi oficializada pelo PT.
No momento, Marconi está em viagem por outros estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul. Ele volta a Goiás na quinta-feira (21/07), a partir de quando pretende intensificar as negociações locais para formar a chapa majoritária.