O governador Marconi Perillo lançou, na tarde desta quinta-feira (3), no Palácio das Esmeraldas, o espetáculo Lago dos Cisnes, do Instituto Tecnológico em Artes Basileu França. O espetáculo começa hoje e vai até domingo, e reúne 60 bailarinos do Basileu França, convidados da Companhia Brasileira de Danças Clássicas de São Paulo, e do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A Orquestra Sinfônica Jovem compõe o número Lago dos Cisnes. A companhia de balé do Basileu é a única no Brasil cujos alunos se apresentam com orquestra sinfônica ao vivo.
Ao iniciar o discurso de lançamento do espetáculo, Marconi afirmou que algumas lideranças se consolidam pelos seus feitos na inovação, na infraestrutura e no desenvolvimento econômico, “mas nenhum líder se consolida mais do que aquele que investe para valer na cultura, nos talentos, nas artes, no patrimônio imaterial”. “O balé é um patrimônio imaterial, assim como a dança, a música. São patrimônios que não são palpáveis, mas que são vistos e são inesquecíveis”, afirmou.
Ele lembrou que há alguns anos conheceu, em Joinville (SC), o Balé Bolshoi, levado pelo então governador de Santa Catarina Luiz Henrique da Silveira. Disse que tanto Luiz Henrique quanto o ex-governador Mário Covas são exemplos de gestores que marcaram suas histórias pela sensibilidade e investimento na cultura. “Luis Henrique da Silveira foi um governador que fez muito por Santa Catarina em todas as áreas, mas ficará marcado para sempre como o governador que trouxe para o Brasil o Bolshoi. O governador Mário Covas é lembrado por muitos feitos: pela coragem cívica, pela luta contra a Ditadura, por grandes obras realizadas; mas ficará lembrado também pelas obras na área da cultura, como a Pinacoteca, o apoio à Orquestra de São Paulo (Osesp), o apoio a inúmeras atividades culturais e artísticas”, frisou.
Ele afirmou que o Governo de Goiás tem um compromisso inalienável com a cultura e com as artes. Destacou que, além da Secretaria de Cultura, o setor tem apoio também da Secretaria de Desenvolvimento (SED). “Tenho muito orgulho de ter criado o Fundo de Cultura, que agora já contempla meio por cento do orçamento do Estado para fomento às artes e à cultura, para apoio às novas iniciativas; e de ter criado também a Lei Goyazes, que é destinada à viabilização de projetos com base em incentivos fiscais estaduais”, afirmou.
Destacou o projeto em desenvolvimento de construção de mais 20 centros de convenções nas 20 maiores cidades do Estado, e reiterou que os maiores orgulhos que carrega são a criação da Orquestra Filarmônica do Estado de Goiás, o Centro de Artes Basileu França, que abriga hoje milhares de crianças e jovens que aprendem o ofício da arte; e de ter criado em 2000 a Orquestra Sinfônica Jovem. “E para que ela se materializasse nós criamos a Bolsa Orquestra, que subsidia os estudantes para que eles se dediquem aos ensaios. Essas orquestras se apresentam hoje em todo o país”, disse Marconi.
Ele observou que a criação desses centros públicos de fomento à arte democratizam o ensino, e permitem que milhares de jovens que não teriam oportunidade de desenvolverem seus talentos devido ao alto investimento financeiro exigido, consigam desenvolvê-los e crescerem profissionalmente, dentro e fora de Goiás. “Só com escolas públicas boas podemos democratizar oportunidades. Estou muito alegre por nos certificarmos que o poder público pode e deve ser um grande instrumento democratizador de oportunidades, descobridor de talentos. Nós estaremos sempre incentivando e aplaudindo o sucesso de vocês”, disse aos bailarinos presentes no evento.
O maestro da Orquestra Sinfônica Jovem, Eliseu Ferreira, agradeceu ao governador pela confiança e apoio doados aos músicos e artistas em geral no Estado, desde 1999. Agradeceu também pela aquisição de duas harpas profissionais que a Orquestra receberá do Estado. “Governador, eu brinco que nós da orquestra queríamos até fazer um desfile em carro aberto no dia em que recebermos as harpas, porque é um grande presente para nós”, brincou.
O espetáculo será aberto hoje, às 20 horas, e terá apresentação até domingo. De hoje até sábado, o horário permanece às 20 horas, e no domingo será às 19 horas. Os ingressos (R$ 50 inteira e R$ 25 a meia entrada) podem ser adquiridos na bilheteria do Basileu.
O número tem duração de duas horas, e é composto por 60 bailarinos e 70 músicos da Orquestra Jovem, que executarão canções de Tchaikovsky. O primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Cícero Gomes, compõe o espetáculo.