O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (19), justificou a necessidade de se fazer readequações no orçamento deste ano. O chefe do Executivo disse que houve uma frustração na arrecadação do Estado. Para que o governo não passasse por maiores dificuldades, precisou ajustar a LDO deste ano.
Marconi Perillo argumentou que esta é uma questão burocrática e de custeio da máquina pública, que não atrapalha a realização de investimentos por meio do programa Goiás na Frente, lançado neste semestre pelo governo.
“Nós temos dois cenários. Um é o do investimento, nós criamos as condições para que tivéssemos investimentos. Várias condições para que isso ocorresse. O outro cenário é o das despesas correntes, do custeio da máquina, que é folha de pagamento e outras despesas que são inerentes a burocracia da máquina estatal. Neste aspecto temos sempre muitas dificuldades e todas as vezes que se abre uma escola nova, um hospital novo, todas as vezes que se dá um aumento novo, cresce a despesa e a despesa precisa acompanhar a receita. Agora o que aconteceu no primeiro quadrimestre é que tivemos uma frustração de arrecadação na ordem de R$ 1 bilhão entre o que estava projetado, aprovado no orçamento deste ano e o que aconteceu. Diante disso tivemos que fazer uma reavaliação do orçamento, uma nova estimação do orçamento, aí eu enviei o projeto de lei, mudando a LDO e diminuindo o orçamento em R$ 1 bilhão para que amanhã a gente não possa ter despesas financeiras superiores e contidas no orçamento ao que nós estamos tendo na prática no estado”, declarou.
Questionado pelo Diário de Goiás sobre qual seria a perspectiva para fechar as contas no restante do ano, o governador disse que o Estado deve fechar com déficit, assim como o governo federal e outros estados. Ele declarou que a meta continua sendo para reduzir o déficit.
“A perspectiva é de déficit. Todos os anos a gente tem déficit, aqui, no governo federal, em todos os estados, mas nós estamos trabalhando fortemente para diminuir ao máximo este déficit e virarmos o ano numa situação de equilíbrio ao contrário de outros estados que vivem uma situação de colapso. Mas em relação aos investimentos, nós prosseguimos, criamos condições extras para que os investimentos através dos fundos e vinculações constitucionais, empréstimos e privatizações pudessem garantir todas as ações do programa Goiás na Frente”, declarou.