O governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), resolveu ir para o confronto.

Candidato, ou não, o tucano preparou o terreno da batalha e atirou contra seu principal alvo neste momento da disputa: a unidade dos adversários. 

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Em lance único, Marconi alvejou o PT e o PMDB com a bala da discórdia.

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Provocou o ex-governador Iris Rezende (PMDB), ciente da resposta súbita, colocando-o ainda mais em destaque no jogo eleitoral.

Apesar de aliados já terem explicitado a preferência de embate contra o empresário Júnior do Friboi (LEIA AQUI), o governador incitou Iris e gerou uma nova briga interna com os “friboizistas”, que riram do ataque marconista e, assim, irritaram mais ainda os iristas.

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Depois do evento pró-Iris antes do Carnaval (LEIA MAIS AQUI), os deputados que defendiam a postulação do empresário ficaram sem discurso. Não comentaram o assunto e insistem que o ex-governador não é candidato.

Marconi faz ser.

Mesmo com as pesquisas apontando sua desvantagem em relação ao velho adversário, ele testa a ambição peemedebista e esvazia o discurso pró-Júnior, transformando a inexistência de argumentos em discussões.

Contra os baixos índices e avaliações pessoais mostrados nas mais recentes pesquisas (desfavoráveis), nada melhor que a confusão de antagonistas – ou falta. Assim, ele age confiante na falta de confiança de Friboi.

De outro lado, ao criticar Paulo Garcia, Marconi Perillo acertou o PT e suas rachaduras. Atacou o prefeito de Goiânia pouco depois de divulgar fotos com o de Anápolis, Antônio Gomide, que é pré-candidato do partido a governador. Nenhuma coincidência.

A diferença entre as alas petistas é de conhecimento público. O discurso interno de unidade tem fissuras. Não é preciso ir muito longe para ouvir as divergências entre Paulo, que quer Iris candidato – ou ele próprio -, e Gomide, que tenta se viabilizar.

E assim vai.

PHD em jogo político difuso, Marconi demonstra despreocupação atual com Friboi, Gomide e até mesmo com Iris. Fato novo, artimanha conhecida. Seu foco é desestabilizar os oposicionistas.

E enquanto a oposição faz guerra, o governador inaugura obras no interior, trabalhando contra o tempo para recuperar a perspectiva de poder.

O melhor adversário para a base aliada é a pulverização de nomes – entendem os marconistas. Nenhum quadro seria mais vantajoso que Vanderlan, Gomide e Friboi sem Iris no pleito.

Enquanto os outros brigam, Marconi faz planos para o segundo turno. Quem sabe a guerra alheia agora produza providenciais aliados depois?

Ainda tem isso.

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