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Categorias: Política
| Em 7 anos atrás

Marconi foi decisivo para unidade do PSDB

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Havia o temor de que a convenção nacional do PSDB, neste sábado, se transformasse num palco de guerra entre duas alas opostas do partido. Graças ao governador Marconi Perillo (PSDB), isso não aconteceu. Mesmo favorito na disputa pelo diretório, Marconi abriu mão de sua candidatura em prol do governador Geraldo Alckmin (SP) e foi recebido na convenção como líder da unidade.

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O gesto garantiu a primeira vice-presidência nacional do partido para Marconi uma mudança no estatuto tucano para que o governador seja o primeiro na linha sucessória caso o governador paulista deixe o comando do partido para disputar a presidência da República.

De acordo com reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo, Marconi, que há até poucos dias era candidato a presidente do diretório nacional do PSDB, contava com o apoio da maioria dos delegados aptos a votar na convenção. Entre as figuras de proa que eram entusiastas da sua candidatura estavam o líder do partido no Senado, Paulo Bauer (SC), os governadores Pedro Taques (MT) e Reinaldo Azambuja (MS), o prefeito de São Paulo, João Doria, o senador Aécio Neves e todo o PSDB mineiro (o segundo com o maior em número de convencionais, atrás de SP). Havia, no entanto, uma minoria (concentrada no Nordeste) que preferia o senador Tasso Jereissati (CE). Quando surgiu a possibilidade de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, apresentar-se como candidato de consenso para encerrar a disputa, Marconi refluiu sem pensar duas vezes.

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O gesto ajudou a consolidar a imagem do governador de Goiás como um político conciliador e que se preocupa com a unidade do partido. Alckmin retribuiu o gesto de grandeza com um convite para ocupar a primeira vice-presidência da legenda, um cargo que não existe, mas que será criado na convenção deste sábado. Por ter sido decisivo na pacificação do PSDB, Marconi será alçado à condição de segundo nome mais importante na hierarquia tucana.

A primeira vice-presidência do PSDB não vai ter um caráter decorativo. Nove entre dez tucanos sabem que a tendência é a de que Alckmin se afaste da rotina partidária à medida em que se aproximar a disputa pela Presidência da República. É bem provável que caiba a Marconi a missão de comandar a legenda em 2018, formal ou informalmente.

Além de contribuir de maneira decisiva com a unidade interna, Marconi também abriu caminho para que Alckmin consiga se dedicar de forma integral ao diálogo com partidos que podem ser aliados do PSDB no ano que vem. Em primeiro lugar, porque nenhum partido toparia negociar com um PSDB rachado. Em segundo lugar, porque o governador de São Paulo teria de gastar muito tempo e energia para chegar a um meio termo entre alas opostas do partido (caso não houvesse conciliação), porque Alckmin precisará o apoio de ambas na sucessão presidencial. Bastou que houvesse um aceno de pacificação no PSDB para que o presidenciável tucano imediatamente começasse a conversar com PMDB, PP, PTB, PSD e PR.

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