O governador Marconi Perillo comentou hoje com secretários e assessores que está se confirmando aquilo que ele vem dizendo, há algum tempo, de que o país está saindo da crise e que Goiás é um grande responsável por isso. O comentário foi em função de que em janeiro a indústria goiana registrou uma expansão de 2,4%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e em fevereiro o Estado criou quase 7 mil empregos com carteira assinada, conforme levantamento divulgado hoje pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, e 12.202 novos empregos juntando os meses de janeiro e fevereiro.
“Em meio à crise nacional, Goiás vive uma situação econômica mais equilibrada que a de estados como Rio de Janeiro – com a saúde em caos e servidores e aposentados sem receber – e Rio Grande do Sul, com atrasos do funcionalismo. Não por sorte, mas por visão administrativa somada a ações duras, mas necessárias”, confirmou Marconi.
Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou crescimento na produção industrial de Goiás em janeiro. Hoje, foi a vez do Caged constatar sinais de recuperação da economia goiana. Pesquisa divulgada pelo Caged, na tarde desta quinta-feira, constata a criação de 6.849 vagas de trabalho com carteira assinada no mês de fevereiro em Goiás. No primeiro bimestre, o saldo chega a 12.202 vagas formais de trabalho, o que coloca o Estado no 6º lugar no ranking nacional de geração de emprego.
O destaque em fevereiro ficou com o setor de serviços, com 3.118 vagas criadas. Em segundo lugar ficou a agropecuária, com 2.763 vagas, seguido da indústria de transformação (1.057). O setor de extração mineral e a administração pública ficaram estáveis, enquanto a construção civil teve saldo negativo de 336 postos de trabalho.
O setor de serviços chegou a 5.916 empregos de saldo no bimestre. A agropecuária teve 4.282 vagas de saldo e a indústria de transformação, 2.612. O único setor que teve saldo negativo no período foi a construção civil, que apesar de ter 7.458 admissões em janeiro e fevereiro, fechou o bimestre com – 150 empregados formais. Já os setores extrativos minerais e a administração pública permaneceram praticamente estáveis.
Os números são particularmente significativos quando comparados aos primeiros meses do ano passado. No primeiro semestre de 2016, quando Goiás foi o Estado que mais gerou empregos no Brasil, o saldo positivo foi de 16.614 postos de trabalho formais. Portanto, em apenas dois meses de 2017, o saldo de vagas já corresponde a 73% do que ocorreu no primeiro semestre do ano passado.
Municípios
De acordo com a superintendente do Instituto Mauro Borges (IMB), Lilian Prado, no grupo dos municípios com mais de 30 mil habitantes, os maiores geradores de emprego, em fevereiro, foram Goiânia (578), Rio Verde (577), Catalão (480), Aparecida de Goiânia (467) e Goiatuba (407). “Esses municípios ilustram muito bem os setores que mais geraram emprego me Goiás: serviços, agropecuária e indústria de transformação”, explica.
Nacional
Goiás obteve o melhor desempenho do Centro-Oeste em fevereiro e, em âmbito nacional, ficou atrás somente dos Estados do Sudoeste. A variação de 0,57% positiva de Goiás ficou bem acima da média nacional, que foi de 0,09%.
Segundo o Caged, 14 unidades da federação tiveram saldo positivo na geração de emprego, em fevereiro, e 13 unidades apresentaram saldo negativo. Foi a primeira vez em 22 meses que o Brasil voltou a criar vagas com carteira assinada, com 35.612 postos de trabalho formais de saldo.
Retomada
Os dados do Caged reforçam a tendência de retomada da economia goiana, impulsionada pela política fiscal, segurança jurídica e manutenção de investimentos pelo Governo do Estado, além dos resultados das missões comerciais lideradas pelo governador Marconi Perillo no exterior.
Conforme divulgado ontem (15/3) pelo IBGE, a produção industrial de Goiás registrou o segundo maior crescimento do País em janeiro, no comparativo com dezembro de 2016. O índice apontou uma expansão de 2,4% na indústria goiana, enquanto a média nacional registrou queda de 0,1%, na comparação com o mesmo período. A maior alta foi registrada no Espírito Santo (4,1%).
A taxa de produção industrial de Goiás também subiu no comparativo entre janeiro de 2017 com o mesmo mês de 2016. Nesse caso, o salto foi de 8,5%. De acordo com a pesquisa do IBGE, os setores que impulsionaram o crescimento foram os de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (91%) e de produtos alimentícios (9,1%).