O governador de Goiás, Marconi Perillo, concordou com a definição de uma chapa única para eleição da Executiva nacional do PSDB, no entanto afirmou que manterá sua candidatura à presidência do partido quando a nova direção eleger o sucessor do presidente licenciado Aécio Neves (MG). O comunicado foi feito no último domingo (12), ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo publicado no site Valor Econômico, o presidente interino do partido, Alberto Goldman, e Fernando Henrique estão tentando evitar a disputa entre Perillo e o senador Tasso Jereissati (CE), colocando o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como um nome de consenso. Alckmin já avisou, contudo, que só aceitaria se fosse aclamado, sem disputar com os outros dois candidatos.
Após as convenções que elegeram executivas estaduais, que vão eleger a nacional, Marconi Perillo informou que não pretende abrir mão da candidatura: “O fato é que minha candidatura está absolutamente de pé. Vou até a convenção como candidato a presidente do PSDB, sempre buscando a unidade e o consenso. Ontem à noite, falei com FHC, que estava em Washington. A consulta, se concordaria com uma chapa única, já tinha sido feita pelo presidente Goldman. Eu disse que concordo. Na hora da Executiva é outra conversa. Fazer duas chapas é uma complicação grande. Na hora de escolher a Executiva, se tiver duas candidaturas ou três, vota, escolhe, define, quem ganhar ganhou, terá o apoio dos outros e vamos tocar para a frente, vamos trabalhar para ganhar a eleição em 2018”, disse ele.
A primeira reunião da comissão eleitoral criada por Goldman para organizar a convenção nacional de dezembro acontecerá nesta quarta-feira (14). A comissão é integrada por Goldman, o secretário-geral Silvio Torres (SP), o diretor administrativo João Almeida e dois representantes dos dois candidatos. Perillo indicou os deputados Giuseppe Vecci (GO) e Nilson Pinto (PA). Tasso indicou o deputado João Gualberto (BA) e o senador Cássia Cunha Lima (PB), vice-presidente do Senado.