Na comparação entre 2014 e 2013, Goiás obteve uma redução de (-5,3%) nos homicídios, revela quinta edição do Mapa da Violência – versão 2016, publicado pela Flacso Brasil. A taxa é a segunda melhor entre as unidades da federação, sendo superada apenas por Roraima. A redução da taxa goiana influenciou para que o Centro-Oeste apresentasse a segunda melhor média entre as regiões brasileiras. Com variação positiva de 1,9% foi superada apenas pela região Sudeste que variou 0,2%. A região Nordeste teve crescimento de 6,6%, a região Norte atingiu 7,7%, enquanto no Sul os homicídios evoluíram 10,2%. A média brasileira ficou em 4,8%. De acordo com a publicação, as taxas de homicídios apresentadas resultam de um conjunto de realidades locais e regionais fortemente diferenciadas.
O Mapa da Violência traz a evolução dos homicídios por armas de fogo no Brasil, no período de 1980 a 2014. Nele, são apontadas as características da evolução dessa modalidade de crime nas 27 Unidades da Federação, nas 27 capitais e também nos municípios com elevados níveis de mortalidade causada por armas de fogo.
Ainda na base de comparação entre os anos de 2014 e 2013, quando analisadas no grupo por 100 mil habitantes, Goiás mantém queda de (-3,9%), atrás apenas do resultado de Roraima. Com isso, a região Centro–Oeste se mantém com o segundo melhor resultado entre as regiões. A média nacional é de 5,8%.
No período compreendido entre 2004 e 2014, Goiás, com taxa de 70,6%, ficou em 12º lugar no ranking nacional, à frente do Rio Grande do Norte (379,8%), Maranhão (300,2%), Ceará (268,2%), Piauí (215,2%), Amazonas (175,9%), Bahia (161,7%), Sergipe (160,5%), Paraíba (139,4%), Alagoas (119,3%), Pará (96,9%) e Acre (83%).
Municípios
Goiás não tem nenhum município, com população acima de 10 mil habitantes, entre os 50 considerados mais violentos e com as maiores taxas médias do Brasil, no período de 2012-2014. A capital, Goiânia, aparece apenas em 140º lugar do ranking nacional. As cidades do Entorno do Distrito Federal aparecem com os maiores índices estaduais: Planaltina (57º), Alexânia (80º), Luziânia (85º), Valparaíso de Goiás (97º) e Santo Antônio do Descoberto (122º).
De acordo com projeções da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) as integrações com os estados vizinhos, os fortes investimentos realizados nas forças de segurança, como renovação de frota de veículos, aquisição de armamentos e equipamentos, investimentos em infraestrutura e realização de concursos públicos já em andamento para reforçar o efetivo em todas as regiões do Estado serão imprescindíveis que o Estado saia definitivamente do ranking de violência.