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Manifestantes vão às ruas contra Temer e pró-impeachment de Dilma

collage protestos

Uns de vermelho, outros de amarelo. Manifestações contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) ou contra o governo interino de Michel Temer (PMDB) ocorreu neste domingo (31), em onze estados e o Distrito Federal. As manifestações aconteceram em Goiás, Bahia, Minas Gerais, Pará, Maranhão, São Paulo, Alagoas, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal.

Goiânia

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Pela manhã, um grupo de manifestantes saiu por ruas da região Central da cidade e pediram a saída do presidente interino Michel Temer. A concentração ocorreu em frente à sede do Instituto Federal de Goiás (IFG), próximo ao Parque Mutirama. Segundo a organização, o protesto reuniu cerca de 400 pessoas. Já a PM não informou a quantidade de participantes.

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Um grupo de manifestantes caminhou acorrentado. O objetivo foi mostrar ao goianiense que a sociedade está acorrentada pelo sistema capitalista. O ato foi coordenado pela Frente Povo Sem Medo, entidade formada por movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos. Eles seguiram pela Avenida Independência até a Feira Hippie. O grupo contou com a participação de movimentos como MST, CUT, Movimento Terra Livre, União da Juventude Comunista e União Brasileira das Mulheres. Eles são contra o governo interino e pedem novas eleições.

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Já no período da tarde, uma manifestação começou por volta das 14 horas na Praça Tamandaré, no Setor Oeste. O ato foi a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O protesto foi organizado pelos grupos Vem Pra Rua Goiás, Voz nas Ruas e SOS Brasil.

Além da saída de Dilma, os grupos pedem também a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e ainda a aprovação de medidas contra a corrupção, o fim do PT, a proteção da Operação Lava Jato e apoio ao juiz Sérgio Moro. Segundo a PM, cerca de 400 pessoas participaram do ato. Os organizadores estimam em 1500 manifestantes. O grupo foi até a sede da Polícia Federal, em Goiânia, em frente ao campo do Goiás, no Setor Bela Vista.

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Belo Horizonte

Após alguns meses sem grandes manifestações em Belo Horizonte, movimentos contrários e favoráveis ao afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República voltaram a ocupar neste domingo (31) as ruas da cidade. As mobilizações, porém, foram mais modestas que os atos de abril, ocorridos às vésperas da votação da admissibilidade do impeachment na Câmara dos Deputados. A Polícia Militar informou que não fez estimativa de público dos atos.

Lideranças dos dois grupos acreditam que as manifestações deverão retomar fôlego ao longo de agosto, à medida que o julgamento de Dilma no Senado se aproxime de uma conclusão.

O julgamento do impeachment deverá começar no Senado no dia 29 de agosto e durar uma semana. São necessários dois terços dos votos para que o afastamento definitivo de Dilma Rousseff se concretize. Isso significa que 54 dos 81 senadores precisam ser a favor doimpeachment. Em maio, quando foi votada no Senado a admissibilidade do processo, dos 78 presentes, 55 foram a favor e 22 contra. O presidente da casa, Renan Calheiros, não votou.

O ato a favor do impeachment, que começou na Praça da Liberdade, às 10h, foi liderado pelos movimentos Vem pra Rua e Patriotas. O Movimento Brasil Livre (MBL), que também defende o afastamento definitivo de Dilma Rousseff, não participou da organização do ato dessa vez. Em nota, o grupo informou que apoia a manifestação, mas que decidiu “focar os esforços em atos que serão marcados em data mais próxima à votação do Senado”.

Os manifestantes favoráveis à presidenta afastada Dilma Rousseff também organizaram um varal e reuniram cartazes com palavras de ordem contra o governo interino de Michel Temer. Um das pautas em destaque foi a defesa da exploração do pré-sal pela Petrobras. O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Leopoldino Martins, criticou a recente decisão da estatal de vender por US$ 2,5 bilhões a participação em um bloco exploratório na área do pré-sal da Bacia de Santos. “Esse bloco poderia render cerca de R$22 bilhões. É um prejuízo maior do que os desvios da Lava-Jato”, comparou.

O ato pró-Dilma se concentrou na Praça Sete, também às 10h, e foi convocado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne diversas entidades e movimentos sociais. Nos adesivos, cartazes e discursos do grupo, “Fora Temer” era a principal palavra de ordem.

Rio de Janeiro

Manifestantes fizeram um protesto na Praia de Copacabana, na manhã deste domingo (31), contra a corrupção e em apoio à Operação Lava Jato. Vestidos de verde e amarelo, com cartazes e alguns com os rostos pintados, os ativistas se concentraram na altura do Posto 5 e tiveram o apoio de dois caminhões de som.

O alvo principal dos participantes foi a presidenta afastada, Dilma Rousseff, mas sobraram críticas também ao governo do presidente interino, Michel Temer. A Polícia Militar não informou o número de manifestantes.

Por volta de 12h30, os líderes do protesto, ligados ao Movimento Vem Pra Rua, encerraram a passeata. Não foram registrado incidentes durante a manifestação, que também atraiu a atenção dos milhares de turistas e de jornalistas estrangeiros que estão na cidade para a Olimpíada e aproveitaram o dia de sol para passearem em Copacabana.

Brasília

Cerca de 5 mil manifestantes, segundo a Polícia Militar, compareceram hoje (31) à Esplanada dos Ministérios em um ato a favor do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. Eles também expressaram apoio à operação Lava Jato, pediram o fim do foro privilegiado e protestaram contra a corrupção. Inicialmente, a PM tinha estimado em 3 mil o número de participantes, mas informou que até o fim do protesto, previsto para as 14h, o número chegaria a 5 mil.

A estimativa é bem menor que a dos organizadores do protesto: Vem pra Rua, Nas ruas e Movimento Limpa Brasil, que chegaram a falar em 10 mil participantes. Os manifestantes concentraram-se ao lado do Museu da República e, de lá, seguiram para a frente do Congresso Nacional. “Viemos reforçar que a nossa luta não parou”, disse Ricardo Noronha, um dos integrantes do Movimento Limpa Brasil.

Os organizadores disseram acreditar que o número de pessoas nos protestos vai aumentar quando começar o julgamento final do impeachment. “Queremos a saída definitiva de Dilma. Os crimes de responsabilidade dela foram comprovados na Comissão do Impeachment e no TCU [Tribunal da Contas da União]”, afirmou Jailton Almeida, um dos coordenadores do Vem pra Rua.

São Paulo

A Frente Povo Sem Medo iniciou hoje (31) à tarde uma manifestação em defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, na capital paulista. Os manifestantes começaram a se reunir às 14h no Largo da Batata, zona oeste da cidade. Por volta das 16h15, eles saíram em caminhada, na direção da Praça Panamericana, local próximo à casa do presidente interino Michel Temer, no bairro Alto de Pinheiros.

O tema do ato é “Fora Temer! O povo deve decidir! Defender nossos direitos, radicalizar a democracia!”. Segundo a Frente Povo Sem Medo, que considera o impeachment de Dilma um golpe, “não precisou nem dois meses para que as máscaras caíssem e as razões do golpe fossem expostas em praça pública”, citando a queda de três ministros de Temer em um mês.

Redação do DG, com informações da Agência Brasil

 

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Samuel Straiotto: