As manifestações realizadas em Goiânia têm origem, principalmente, no Centro da cidade. São elas contra a implantação de Organizações Sociais na Educação, aumento da tarifa do transporte público, entre outros motivos. Os protestos iniciam pacíficos, mas, em alguns casos, podem ter um desfecho diferente, com pessoas agredidas, presas, apreendidas e bens materiais, públicos e privados, depredados.

Na última quarta-feira (17) estudantes da capital se organizaram para manifestar contra o aumento de R$ 3,30 para R$ 3,70 da passagem de ônibus em Goiânia e Região Metropolitana. O movimento iniciou na Praça Universitária, no setor Leste Universitário, e chegou à Avenida Goiás, no setor Central.

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Com o acontecimento de alguns fatos, alguns manifestantes acabaram sendo presos e apreendidos pela Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). Somado ao movimento, existe uma categoria que também é afetada pela condução não pacífica de manifestações: os lojistas e comerciantes do Centro de Goiânia.

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Segundo o vice-presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública da Região Central, Júlio Serra, o medo e a queda em vendas são os principais problemas que os comerciantes enfrentam.

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“Atos de vandalismo sempre ocorrem. E é uma coisa preocupante, em que os comerciantes já ficam em alerta, se sentindo impotentes. Estudantes e acadêmicos marcam movimentos pacíficos, o que é legítimo, não estou questionando o direito de manifestar, só que algumas pessoas se infiltram tampando o rosto para fazer esses atos de vandalismo. Cremos que não é o movimento, mas sim a má índole de algumas pessoas ou outros motivos. São casos pontuais e isolados. Os que fazem bagunça são minoria”, explica Júlio Serra.

O vice-presidente do Conselho informou ao Diário de Goiás que durante a última manifestação, realizada na última quarta-feira (17), não houve grandes casos de depredação ao patrimônio privado. “Até o momento que presenciei, não”, diz. No entanto, o medo dos lojistas é grande.

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“É uma depredação psicológica. Os comerciantes ficam com medo, os lojistas ficam sem querer sair de dentro da loja e acabam perdendo o ônibus ou a carona, têm que estabelecer nova escala, sem contar no prejuízo financeiro”, ressalta.

Segundo Júlio Serra, o final da tarde é considerado como uma nova oportunidade de venda, considerando que é o horário em que as pessoas saem dos seus trabalhos e vão embora para casa. Neste momento, elas têm a oportunidade de caminhar pelas ruas e comprar algo que precisam ou mesmo por impulso.

“Se for algo que elas precisam e não compram hoje porque as lojas tiveram que fechar mais cedo, elas não vão comprar amanhã. O prejuízo é bastante e não volta mais”, conclui.

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