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Manifestação em defesa à Lava-Jato acontece neste domingo na Sede da Polícia Federal

Neste domingo (30/06), em todo o Brasil acontecem manifestações de apoio a Lava-Jato. Os atos são uma resposta aos vazamentos publicizados pelo site Intercept Brasil que mostram trocas de conversas em que o então juiz Sérgio Moro, orientava os procuradores da Força-Tarefa a atuar nos bastidores. As manifestações são organizadas pelos Movimentos Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua. O ponto de encontro em Goiânia é na sede da Polícia Federal, às 15h.

Os organizadores prometem além de defender a atuação do ministro da Justiça, Sérgio Moro enquanto conduzia as investigações da operação Lava-Jato, o apoio ao pacote anti-crime proposto pelo ministro, a reforma da previdência apresentada por Jair Bolsonaro e a continuidade da operação Lava-Jato.

Ambos os grupos atuaram como protagonistas no processo de impeachment que antecipou o fim do mandato da presidente Dilma Roulssef, do PT. Apesar do apoio velado, o movimento promete não atuar na manifestação na defesa do governo Bolsonaro.

“Tontos do MBL”

Apesar do apoio do Movimento Brasil Livre a atuação de Sérgio Moro e toda a Lava-Jato, o site The Intercept publicou no último domingo (23/06) mensagens em que o então juiz solicitava apoio ao procurador Deltan Dellagnol para que contivesse uma manifestação do MBL. Na mensagem, Moro chamava os manifestantes de “tontos”.

O contexto é o seguinte: membros do movimento se reuniram na noite do dia 23 de março em 2016. Eles estavam na porta do então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e se queixavam da ordem do ministro para que o juiz que estava a frente da Lava-Jato enviasse ao STF as investigações que envolviam o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Faixas levantadas pelo MBL chamavam o ministro, morto em um acidente aéreo em janeiro 2017 de “pelego do PT”, “bolivariano”, entre outros termos.

O juiz então mandou mensagem a Dellagnol: “Não sei se vocês tem algum contato mas alguns tontos daquele movimento brasil livre foram fazer protesto na frente do condomínio do ministro. Isso não ajuda evidentemente”. O procurador afirmou que iria se informar mas analisou o cenário: “Não sendo violento ou vandalizar, não acho que seja o caso de nos metermos nisso por um lado ou outro.” Mais tarde, o procurador avisou Moro que que o MBL estava “chateado” com a força-tarefa devido a sua recusa em se juntar explicitamente à chamada do grupo para o impeachment de Dilma, mas alertou que o MPF não tinha contato com o MBL, aponta o The Intercept.

 

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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