Rio – Foi encerrada antes da hora a passeata contra a presidente Dilma Rousseff na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio, neste domingo (15). Os organizadores haviam informado que iriam até o hotel Copacabana Palace, na esquina da Rua Rodolfo Dantas, mas terminaram de caminhar sete quarteirões antes, na altura da Rua Santa Clara.
O publicitário Hermes Gomes, de 33 anos, da União contra a Corrupção no Brasil, disse que a decisão foi por conta do sol forte e do horário da segunda manifestação do dia, na Candelária, no centro do Rio, às 14h.
“Ficou muito tarde, está quente demais, o pessoal precisa de tempo para descansar e se alimentar. A gente se surpreendeu, por ser a primeira manifestação, achamos que vinha a metade das pessoas que confirmaram presença no Facebook, ou seja, 25 mil. E a Polícia Militar afirmou terem sido 100 mil”, disse Gomes.
Oficialmente, o dado da Polícia Militar ainda não foi divulgado. Policiais que acompanharam a manifestação endossam o cálculo de 100 mil manifestantes. A última estimativa da PM, divulgada no fim da manhã, era de 15 mil manifestantes.
Mais cedo, na zona sul do Rio, além da pista da Avenida Atlântica em direção ao centro, a passeata contra a presidente Dilma Rousseff ocupou no início da tarde deste domingo também o calçadão da praia de Copacabana e parte da pista em direção a Ipanema.
Os cartazes pediam desde intervenção militar à saída do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), taxado de “corrupto” em palavras de ordem. Os líderes do movimento do alto do carro de som gritaram que não querem “terceiro turno, somente a saída de Dilma”.
(Estadão Conteúdo)
Os manifestantes, em sua maioria, ao serem entrevistados pela reportagem, declaram ter votado em Aécio Neves (PSDB). A professora Fernanda Melo, de 34 anos, grávida de nove meses e com cesariana marcada para a semana que vem, foi uma das participantes. “Eu vim porque era uma oportunidade única para se livrar dos bandidos do Brasil. Quero a Dilma fora e não me importa quem vá governar”, declarou Fernanda.
A fisioterapeuta Paula Rocha, de 39 anos, se disse “100% a favor da intervenção militar”. “Quero a Dilma deposta a qualquer custo, qualquer meio”, afirmou.