A manifestação deste 12 de abril teve volume bem menor de participantes do que na anterior (Eram 60 mil, segundo a PM). Assim como no primeiro ato realizado no dia 15 de março, novamente foi marcado por discursos anti PT, os principais alvos de crítica foram o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff.
Os participantes gritavam palavras de ordem e cantavam o hino nacional brasileiro. Segundo a PM duas mil pessoas estiveram presentes no ato, alguns organizadores disseram no mínimo 20 mil.
Vários que se dispuseram a sair pelas ruas estavam em mãos com faixas e cartazes pedindo o fim da corrupção, o impeachment da presidente Dilma e até mesmo intervenção militar.
O médico Thiago Rassi destaca o que o motivou sair de casa para protestar.
“O que motiva estar aqui é tirar a Dilma de forma democrática. A intenção é pressionar o congresso. Há base jurídica, o que falta é base política, vontade política” relata.
Outras reivindicações comuns foram pela extinção do PT, aumento no preço dos combustíveis contra a reforma política e pela CPI do BNDES.
Havia também vários cartazes de apoio ao juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava Jato, e à Polícia Federal.
Empresários
Na capital, o setor empresarial fez convites para que a população participe do protesto. A reclamação principal é relacionada a economia. A queixa é de que foi a pior Páscoa dos últimos seis anos. Consideram a maior inflação nos últimos anos e que a população está endividada.
Os empresários pedem também mais responsabilidade administrativa, justiça fiscal e social, além de reforma política, administrativa, tributária e de estabelecimento de meios reais que garantam punição aos políticos envolvidos em corrupção.
Empresários também estiveram presentes, entre eles a presidente da Acieg, Helenir Queiroz e o presidente da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio), José Evaristo dos Santos. Ele relata que a corrupção tem contribuído para a redução do crescimento do Brasil.
“Como cidadão, assim como todos que estão indignados com a atual circunstância do quadro atual do país. Os escândalos demoram ser apurados, a cada dia aparece um novo. Primeiro foi o mensalão, depois a Lava jato, tudo indica que o próximo será no BNDES. O povo tá indignado, pois faltam recursos para o desenvolvimento do país”, afirma.
No decorrer do ato houve divisão. O movimento BRASIL LIMPO havia organizado que o ato seria realizado somente na Praça Tamandaré.
No entanto, os grupos VEM PRA RUA PONTO NET e VEM PRA RUA GOIÀS preferiram repetir o percurso da primeira manifestação, saindo do Setor Oeste e chegando até a sede da Superintendência da Polícia Federal em Goiás, no Setor Bela Vista. De um lado houve acusação por parte do movimento Brasil Limpo.
“Estão fazendo palhaçada com nós. Não fomos nós que dividimos, fomos eles. Estávamos organizados. Que fique aqui e não caia na lábia do PSDB da Social Democracia e Social Democracia é esquerda”, disse um integrante do movimento Brasil Limpo no carro de som.
“A gente está alertando isso, se a gente for andar, não teremos segurança. Essa não era a ideia. Houve divisão, ação de oportunistas. Mas se vocês quiserem ir, nós seguiremos juntos com vocês”, ressaltou outro integrante do movimento Brasil Limpo, também no carro de som.
Do outro o bibliotecário Danilo do movimento VEM PRA RUA GOIÀS nega que tenha havido alguma interferência política.
“Nosso grupo não tem interferência política, nosso grupo é um movimento espontâneo e viemos protestar. A gente não queria ficar parado. Queríamos mostrar o movimento pra Goiânia, não apenas para uma praça”, destaca.
INÍCIO DA MANIFESTAÇÃO (PÇA TAMANDARÉ)
De acordo com a PM, não houve incidentes durante a manifestação.