O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou o deputado estadual major Araújo (PRP) por improbidade administrativa referente a uma possível nomeação de dois irmãos para trabalhar na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). Ao Diário de Goiás, o deputado alega que a promotora Marlene Nunes, autora da ação, é “louca”.
De acordo com a denúncia, os policiais militares Ário Alves Araújo e Cícero Araújo Filho foram nomeados por major Araújo para exercer cargos comissionados na Assembleia. Ainda segundo a denúncia, quando questionado sobre a nomeação, o deputado teria pedido para trancar a investigação com o argumento inverídico de que “não houve oportunidade de manifestação no inquérito civil”.
À reportagem, major Araújo explicou que os irmãos nunca trabalharam em cargos comissionados em seu gabinete ou outra área da Alego, mas confirma que são policiais militares que trabalham em uma unidade da segurança da Casa.
“Essa promotora é louca. A promotora entrou com ação completamente equivocada. Meus irmãos são policiais militares. Eles nunca trabalharam em meu gabinete. Essa ação é política e só serve para me atazanar. Eu pedi o trancamento do inquérito porque era um inquérito que não acabava nunca”, disse major Araújo.
“O MP sustenta que o major influenciou, em fevereiro de 2011, a transferência de seus irmãos, oficiais da Polícia militar, para trabalharem na Alego. Já no mês seguinte, os dois passaram a ocupar o cargo comissionado de agente administrativo, caracterizando o ilícito”, informa nota do Ministério Público.
Além disso, consta na denúncia que o deputado teria deixado de informar ao inquérito a situação funcional dos irmãos. O juiz Ricardo Prata que recebeu a denúncia.
“O Ministério Público tem o direito de ação, pode perseguir qualquer coitado. Vou responder sim, apresentar defesa. Mas depois a promotora vai ter que responder por denunciação caluniosa”, ressaltou o deputado.