A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) pode colocar mais um pedido de impeachment em seu currículo. Uma das protagonistas na deposição da ex-presidente da República, Dilma Rousself agora era volta seus olhos ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. O pedido foi protocolado em conjunto com o procurador do Ministério Público de Minas Gerais, Márcio Luís Chila Freyesleben, o promotor de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina Rafael Meira Luz e o promotor do Distrito Federal e Territórios Renato Barão Varalda; todos integrantes do MP Pró-Sociedade, nesta terça-feira (30/07).
O pedido tem foco na decisão do ministro que suspendeu o andamento dos processos que envolvam os dados compartilhados por órgãos como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que afetava diretamente o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro. Na decisão do ministro, para que uma investigação como a qual ele estava sendo monitorado tivesse continuidade, deveria ser necessário uma autorização judicial. No protocolo, o assunto foi tratado como uma “decisão monocrática” que contraria a Constituição Federal e outras leis.
Um dos pontos levantados pelos autores do pedido é que Toffoli se aproveitou do caso de Flávio, para beneficiar acusados “direitistas” e “esquerdistas”.
Um trecho do pedido trazia as seguintes frases: “A fim de neutralizar a resistência popular, o denunciado aguardou que chegasse as suas mãos um pedido perfeito, justamente o pedido (atravessado em petição avulsa) do filho do Presidente da República, de matriz declaradamente direitista.
Nesse contexto, a esquerda não reclama, pois seus principais nomes, implicados em crimes graves, findam beneficiados e, ao mesmo tempo, a direita não reclama, temendo desagradar seu mito, quem seja, o Presidente da República . Uma vez mais, o Brasil dividido entre subservientes a deuses terrenos”, concluía.