As pessoas mais ricas do mundo somaram US$ 1 trilhão às suas fortunas neste ano, de acordo com a agência Bloomberg.
O índice, que é atualizado todos os dias com a fortuna dos 500 mais ricos do mundo, chegou a US$ 5,3 trilhões na terça-feira (26), aumento de 20,4% em relação à mesma data no ano passado.
O crescimento é mais de quatro vezes o do ano passado, segundo a Bloomberg, devido principalmente à valorização de ações no mercado financeiro.
As Bolsas de Valores globais estão tendo o melhor desempenho desta década, superando até mesmo o resultado de 2009, quando os mercados acumularam alta de 42,7% até o dia 27 de dezembro daquele ano, segundo índice da Bloomberg.
Naquele período, as Bolsas recuperaram parte das perdas de 2008, quando os mercados derreteram depois da quebra do banco americano Lehman Brothers.
Neste ano, as Bolsas globais acumulam alta de 63,1%, com os investidores aproveitando a continuidade da era de juros baixos, especialmente nos países ricos, liderados por EUA e pela zona do euro.
Os bilionários do setor de tecnologia foram os que mais acumularam ganhos, seguidos da indústria, do consumo e do meio imobiliário.
Quem mais enriqueceu individualmente foi Jeff Bezos, com um aumento de US$ 34,2 bilhões. Em outubro, o fundador da Amazon ultrapassou Bill Gates no posto de homem mais rico do mundo. Ele detém US$ 99,6 bilhões hoje, ainda segundo a Bloomberg.
Em segundo lugar na lista está o chinês Hui Ka Yan, que viu a sua fortuna aumentar US$ 25,9 bilhões neste ano –ele hoje é a 26ª pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio de US$ 33,3 bilhões.
Hui é o principal acionista da Evergrande, desenvolvedora de projetos imobiliários. A empresa também é dona do Guangzhou Evergrande, um dos principais times de futebol da China e que até recentemente era comandado por Luiz Felipe Scolari.
Entre os brasileiros, o maior crescimento foi o obtido pelo banqueiro Joseph Safra, de US$ 3,7 bilhões, para US$ 18,9 bilhões. Ele foi seguido por Eduardo Saverin, confundador do Facebook, que agora conta com US$ 9,5 bilhões, US$ 3,3 bilhões a mais que no fim do ano passado.
O brasileiro mais rico é Jorge Paulo Lemann, com US$ 29,5 bilhões (27ª maior fortuna do mundo), US$ 1,2 bilhão mais que em 2016.
Uma novidade em 2017 foi a presença de bilionários de bitcoin no índice, como os gêmeos Tyler e Cameron Winkelvoss, conhecidos por um processo contra o Facebook.
O maior crescimento da fortuna, segundo a Bloomberg, se deu na Ásia -os 38 bilionários chineses somaram US$ 177 bilhões em 2017, um aumento de 65% sobre suas riquezas.
(FOLHA PRESS)