Mais duas mulheres relataram terem sido alvo, no passado, de assédio sexual da parte do agora candidato republicano na corrida à Casa Branca, Donald Trump.
Ao “Washington Post”, Kristin Anderson, 46, disse que, no início dos anos 1990, estava em uma boate de Nova York com amigos, sentada em um sofá, quando um homem a tocou por baixo da saia.
Assustada, ela diz ter empurrado a mão e se levantado antes de olhar para o homem. E, segundo Anderson, esse homem era Trump.
“Ele tinha uma aparência tão diferente, o cabelo e as sobrancelhas. Quero dizer, ninguém mais tem aquelas sobrancelhas”, disse ela ao jornal, em reportagem publicada nesta sexta (14).
Também nesta sexta (14), uma das participantes do reality show “The Apprentice” (que esteve sob comando do republicano) disse, em coletiva à imprensa, que Trump tentou fazer com que ela se deitasse na cama com ele em 2007, quando se encontraram para discutir uma possibilidade de trabalho.
“Ele pediu que eu me sentasse perto dele. Eu concordei. Ele, então, agarrou meu ombro e começou a me beijar novamente muito agressivamente e colocou sua mão no meu peito”, disse Summer Zervos.
Os relatos se somam a outros que acusam Trump de tentativas forçadas de beijo e outros abusos, divulgados esta semana -o candidato e sua campanha têm refutado as alegações.
“Trump nega fortemente essa falsa acusação por alguém que quer publicidade gratuita. É totalmente ridículo”, disse um porta-voz do republicano sobre o relato publicado pelo “Washington Post”.
As acusações surgem poucos dias após a divulgação de um vídeo feito em 2005 em que Trump diz, sem saber que estava sendo gravado, que por ser “uma estrela” pode fazer “qualquer coisa” com mulheres.
“Você sabe, eu sou automaticamente atraído pela beleza -eu simplesmente começo a beijá-las. É como um ímã. Somente beijo. Eu nem espero”, diz Trump na gravação. “E quando você é uma estrela, elas deixam você fazer isso. Você pode fazer qualquer coisa.”
“Pegue-as pela xoxota. Você pode fazer qualquer coisa”, afirma no vídeo.
‘Fala sério’
Nesta sexta (14), o presidente Barack Obama ironizou a tentativa de Trump de acusar a rival democrata, Hillary Clinton, de estar no centro de uma conspiração das elites globais contra a classe trabalhadora.
“Esse é um cara que passou todo o tempo tentando convencer as pessoas que ele era a elite global… e voando para todo lado, e que só tinha tempo para celebridades”, disse Obama. “De repente, ele vai ser o defensor dos trabalhadores?”
“Fala sério”, emendou Obama.
(Folhapress)