Depois de Goiânia, que teve o serviço de transporte público paralisado no fim de semana, pelo menos outras três importantes cidades do país tiveram greve no sistema nesta segunda-feira (21).
A principal delas é Manaus. Na capital do Amazonas, 30% da frota foi paralisada desde o período da manhã. Os funcionários reivindicam o pagamento do 13º salário, que está atrasado.
Os trabalhadores já haviam anunciado o protesto na última quinta-feira (17), depois que não chegaram a um acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).
Paralisações no Sul
No Paraná, a cidade de Ponta Grossa, motoristas da Viação Campos Gerais (VCG) bloquearam os terminais da cidade e impediram a circulação dos ônibus. O serviço ficou interrompido por uma hora no município.
Os trabalhadores cobram o pagamento do 13º salário. A VCG disse aos trabalhadores, na sexta-feira (18), que não teria condições de fazer o pagamento da segunda parcela do benefício.
Em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a empresa Sogal não roda nesta segunda-feira. Motoristas e demais funcionários protestam contra atraso no 13º salário e falta de pagamento de parte de horas-extras e vale-alimentação.
Os ônibus chegaram a prestar serviços no início da manhã, mas após reunião do Sindicato dos Rodoviários, a partir de 8h00, o atendimento começou a ser paralisado. A greve foi decidida em assembleia no último sábado (19) e, de acordo com os sindicalistas, só vai ser retomado após um acordo.
Paralisação em Goiânia
Na capital goiana, o serviço ficou paralisado no fim de semana, mas foi normalizado nesta segunda-feira. Todas as quatro empresas que não rodaram nos últimos dois dias, voltaram a operar.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET) entrou em acordo com os motoristas, mas não bateu o martelo em uma solução para o déficit operacional com a prefeitura da capital e das demais cidades que integram a rede.
Um projeto de socorro do governo federal ao setor chegou a ser aprovado no Congresso neste ano, mas foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. Com a pandemia, as empresas viram o custo operacional superar a arrecadação em grande monta e entraram em grave crise financeira.