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Categorias: Lênia Soares
| Em 11 anos atrás

Maior adversário de Friboi é Friboi; depois, Iris e o PT

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Vontade de ser o candidato ao governo de Goiás não falta ao empresário José Batista Júnior (PMDB). Recursos financeiros – convenhamos! – também há com sobra. A carência do peemedebista é de política. Falta fazer Política. Falta o traquejo necessário na esfera pública, onde a hierarquia não se define por ações possessórias, e sim por ações persuasivas.

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Claro, não se pode ignorar as tentativas do empresário. Nos últimos meses, Friboi contratou uma equipe de comunicação e se prepara, agora, para estrear no dia 10 de setembro seu novo site. Mais que isso, ele vai implementar uma nova dinâmica para mostrar suas ações. O objetivo é promover sua imagem como homem público, aliada à sua vitoriosa trajetória no meio empresarial.

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Ele tem percorrido o Estado, agradado prefeitos e lideranças do partido. Tem ao seu lado o peso da juventude que o apoia como candidato – os deputados Samuel Belchior, Daniel Vilela, Wagner Siqueira e Bruno Peixoto são credores de sua candidatura.

O que ele não tem é a consciência de como o PMDB funciona no Estado de Goiás. Distante do julgamento sobre coronelismo, ou não, a questão é que, sem o ex-governador Iris Rezende (PMDB), Júnior do Friboi não terá meio caminho andado.

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Assim como sem dinheiro é difícil vencer uma eleição, sem votos também não se chega lá.

A relação com Iris continua tensa. É preciso habilidade por parte do empresário para conduzir o processo. E não há habilidade. Friboi tem dito em entrevistas que é o único candidato do partido. Fato, já que o ex-governador não confirmou pré-candidatura. Por outro lado, as declarações de que é único soam como desprezo ao maior cabo eleitoral da oposição.

Somado às dificuldades com Iris Rezende, o empresário tem contra si o contragosto dos petistas que não endossam sua postulação. Líderes do PT já manifestaram apoio ao ex-governador, mas não garantem parceria a uma chapa liderada por Júnior.

Alguns petistas ameaçam lançar candidatura própria, caso a cabeça da chapa seja de José Batista. E, nesse caso, a decisão ficará para a aliança nacional entre PT e PMDB. Pode ser o que falta para os dois partidos romperem na expectativa de que ficam juntos no segundo turno.

Antes disso, hoje, Friboi e sua ansiedade são seus maiores adversários. É preciso obedecer o raciocínio partidário para continuar no jogo sucessório. É preciso resignação. Cautela.

Muitos no PMDB agem como se as eleições fossem semana que vem. Como se tudo exigisse uma definição imediata. Uma atitude que poderia ser classificada como amadora, se aplicada a um contexto diferente. A questão é que tem tempo. Muita água – e mídia training – pode rolar.

Friboi pode entender que precisa de Iris. E Iris aceitar que a recíproca é verdadeira.  

O que há para agora é que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), não é adversário de Friboi. Não quer dizer que ele possa ignorá-lo. Quer dizer que é preciso focar as questões internas, fazer um discurso de candidato e manter o tucano como o concorrente de uma guerra que terá início em julho.

A batalha atual é dentro de sua base. Base que não é subordinada ao contracheque. Mas que não está em condições de dispensar um bom financiamento.

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