Antes de dar início ao processo de votação para eleição para a nova mesa diretora da Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta segunda-feira (01/02) o atual presidente que se despede logo menos da cadeira, Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez um discurso bastante emotivo. Não segurou o choro e por diversas vezes teve de pausar as frases. No fim das contas, pediu pacificação no parlamento após a definição do seu substituto.
Maia foi um dos parlamentares que mais ficou à frente da presidência da Casa. Por quatro anos e sete meses, ele atuou no comando das pautas da Câmara dos Deputados. “Conheci melhor a nossa realidade, os nossos problemas e desafios. E a partir dessa eleição, o passado ficou para trás e nós precisamos estar unidos. Eu, na planície, no plenário, com muito orgulho com cada um de vocês construiremos o futuro do Brasil. Não pelos próximos 2 anos, mas para os próximos 20 anos”, ponderou.
Ele concluiu pedindo desculpas a Arthur Lira (Progressistas) e seus aliados, com quem teve embates mais acalorados ao longo do processo eleitoral. “As brigas passaram, vamos eleger um novo presidente. Tivemos um momento de mais atrito, no meu caso, com a candidatura do deputado Arthur Lira, à ele e os que apoiam, se algum motivo se sentiram ofendidos, não foi minha intenção. Eu admiro cada um dos deputados e deputadas. Tenho orgulho de ser presidente desta Casa, que com 16 anos estou voltando ao meu primeiro discurso da minha primeira eleição.”
Balanço da gestão
Maia destacou um dos seus principais orgulhos ao longo de todo o processo. Ele reforçou que o ano passado foi desafiador com os efeitos da pandemia e o deputado pontuou que a aprovação da PEC de Guerra que liberou verbas emergenciais para o combate ao coronavírus.
“A PEC da Guerra foi uma construção desta casa e eu tive muito orgulho pois não tinha conseguido, colocar nesse painel, do PSL ao PSOL, onde tivemos votos de todos os partidos, unidos, num momento tão díficil que vivemos no ano passado e vamos continuar vivendo este ano. Eu quero agradecer a cada um de vocês essa oportunidade que é única para quem faz política”, destacou.