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Mãe se encontra com acusado pela morte do filho. Irmã da vítima clama por Justiça

Uma dor que não se apaga. Este é o sentimento de Giovana Rabelo e Lucy Carvalho, irmã e mãe de Edmar Cavalcante Rabelo Filho de 20 anos, morto por Cairo Petrucce de Paiva de 22 anos, em uma boate no Setor Marista, em Goiânia.

O fato

Era noite do último dia 18. Edmar havia tido um desentendimento com a namorada. Ele havia saído do serviço, um bar em que já era funcionário há dois anos e meio. Ele foi até o trabalho da irmã, buscar o consolo e o conselho dela. A jovem Giovana queria apenas ver o irmão feliz. Ela o aconselhou a se distrair. O rapaz decidiu então ir a uma festa. Ele foi, prometeu a irmã que voltaria. Foi mas não voltou.

Edmar e um amigo foram até uma boate, próxima a casa dele. Era uma festa reservada. Em um determinado momento, Edmar foi até uma área próxima à entrada do estabelecimento para fumar.

Neste exato momento Cairo Petrucce tentava entrar no local Os seguranças o impediram, pois ele não foi convidado e nem conhecia as pessoas que ali estavam. Outro motivo é que Cairo já tinha histórico de brigas. Ele já havia discutido com clientes em algumas oportunidades e se envolvido em conflitos.

Cairo, insatisfeito saiu esbravejado e antes de sair do ambiente derrubou uma garrafa de cerveja que estava na varanda. A cerveja caiu em cima de Edmar, que segundo testemunhas perguntou a ele “O que está acontecendo, você está doido?”.

Edmar nada mais disse e continuou no mesmo local. Cairo foi até o carro pegou uma pistola que era de um conhecido dele, e executou a tiros Edmar.

A vítima não pôde cumprir com a promessa feita a irmã horas antes. Ele foi morto. A irmã ficou sem o grande amigo dela. A mãe inconsolada pela morte do filho. Quase um mês depois da morte, o acusado do crime foi preso e confessou a ação.

Encontro dos familiares com o acusado

A mãe Lucy, a irmã Giovana e a prima Verônica acompanharam a chegada de Cairo na Delegacia de Homicídios durante apresentação a imprensa. Cairo apenas se preocupava em não ser filmado, ou fotografado e ainda questionado pelos jornalistas. Ele chegou a perguntar para um agente da Polícia, se a ação jornalística era legal.

O policial disse que era sim. A imprensa tinha o direito de mostrar. Cabia ele a vontade de querer responder ou não os questionamentos. Em nenhum momento ele levantou a cabeça. Não olhou para as câmeras, não olhou para a família de Edmar que ali estava. Lucy e os outros integrantes da família foram orientados pela delegada Karla Fernandes a deixar o espaço.

Dor e Sofrimento

Giovana de forma desesperada em frente às câmeras fazia um único apelo, para que o acusado pela morte do irmão ficasse atrás das grades e pensasse no mal que ele fez.

“Já era muito tarde. Ele me disse que iria voltar. Eu esperei ele voltar, mas ele nunca mais vai voltar. Eu quero Justiça. Meu irmão era muito calmo. Ele desentendeu com a namorada e pedi que meu namorado levasse ele pra se divertir. Eu queria que meu irmão voltasse pra casa como ele prometeu, mas o Cairo não deixou. Eu quero que ele pague, que todo este tempo que ele ficar preso, se arrepende do que ele fez”, desabafou a irmã Giovana.

A mãe que há cinco anos veio com toda a família de Marabá, cidade situada no sul do Pará, para Goiânia, lamentava a dor, pelo fato de não poder mais ver o filho dela.

“É uma perca muito grande. A mãe do Cairo deve estar sofrendo também. Foi um crime brutal. Meu filho ficou quieto. Foi muito triste. Eu quero justiça. Eu quero que ele fique preso aguardando o julgamento dele. Ele vai ter a sentença de Deus, mas aqui na Terra, também terá a justiça”, destacou a mãe.

Histórico

Segundo a Polícia Civil, Cairo é um jovem de classe média. Tem boa condição financeira. O rapaz não trabalha, alega ser autônomo. Ele tem um grande histórico no mundo do crime. Tem passagens por receptação, tráfico de drogas e associação ao tráfico, furtos, roubos e brigas.

Prisão

Ele foi preso no momento que ia até o Colégio que a mãe dele trabalha, no Setor Aeroviário em Goiânia. Foi pedida a prisão temporária dele que tem por validade de 30 dias. A arma do crime não foi localizada até o momento.

“Desde o primeiro dia, conseguimos identificar quem ele era. A Polícia fez um levantamento. Ele tinha até uma escola da mãe, os policiais o aguardavam. Quando ele desceu, foi feita a prisão”, explicou a delegada Karla Fernandes. Outras pessoas que acompanhavam Cairo, elas também poderão ser indiciadas.

Samuel Straiotto

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