Wendel Francisco de Souza, 21, foi uma das 56 vítimas do massacre no maior complexo penitenciário de Manaus. Segundo a mãe, Rosana de Souza, 36, o filho cumpria pena por furto de um celular. Ela não sabe dizer se ele participava de alguma facção criminosa.
“Ele tinha cumprido 1 ano no CDP [Centro de Detenção Provisória] e já estava há 4 meses no Compaj [complexo penitenciário]. Ia sair agora este mês. Até onde eu sei ele não participava de facção.”
A dona de casa tinha ido a um outro presídio tentar saber alguma notícia do filho, mas recebeu uma ligação do IML de Manaus pedindo para comparecer no local. “Eu estava lá na [cadeia Raimundo] Vidal tentando saber alguma informação, mas aí me ligaram do IML”.
Inconformada ao deixar o IML nesta quarta (4), ela disse que nem conseguiu ver o corpo do filho. “O IML pegou agora a minha digital. Não mostraram meu filho, disseram que tem muitos corpos decapitados.”
Rosana disse que o filho vendia bombons nos terminais de Manaus e tem um filho de três anos. “Ele se envolveu com amizades erradas e foi daí que houve o único furto dele. Meu filho estava no lugar errado, na hora errada. Ele já ia sair de lá.”
Folhapress