“Um sentimento de alívio”. Assim Marlene de Sousa, mãe da jovem Bruna Gleycielle de Sousa (foto), definiu a notícia da prisão do suspeito de ter cometido esse e outros crimes. A jovem foi morta aos 27 anos, no dia 8 de maio, em um ponto de ônibus na Avenida T-9, no Setor Bueno, deixando um filho de sete anos,
Marlene esteve nesta quarta-feira (15), em reunião com o governador Marconi Perillo e outros familiares de vítimas – além de profissionais da Segurança – no Palácio das Esmeraldas. Após o encontro, ela conversou com o repórter Samuel Straioto, do Diário de Goiás.
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Confira a entrevista abaixo:
Qual foi a sensação da senhora ao saber que a polícia apresentou esse suspeito?
– É um sentimento de alívio. O Batista conheceu minha filha. É um sentimento de que a Justiça vai ser feita. Inclusive a sobrinha do meu ex-marido disse que teve um sonho com ela (Bruna) em um quadradinho chorando. Tipo assim, clamando por Justiça. Mas aí eu entendi assim. E a gente orando e pedindo a Deus para iluminar, abrir os olhos, para pegar essa pessoa porque do jeito que estava, estava difícil. Ela deixou um menino de 7 anos. Era uma menina trabalhadeira. E agora será feita justiça. Espero que ele fique bastante tempo preso. Porque pode alegar que é doente mental. Meu irmão é doente mental, ele surtou e mantou os meus pais. Então, ele é doente. Agora, essa pessoa aí não é doente.
Você está convencida de que ele é o assassino?
– Sim, porque ele confessou. Foi anunciado o nome dela lá junto. Ele estava seguindo a reportagem. Então ele sabia que tinha feito e falaram o nome da minha filha lá.
A senhora perdoa ele?
– Perdoo. Porque tanto a alma dele é importante quanto a alma da minha filha. Inclusive, um tempo desses, assim que aconteceu (a morte) eu estava desesperada, e orando na minha sala, falando com Deus: “Senhor, faça justiça, faça justiça. Ela era Tua serva”. Ela era evangélica também. Cantava na banda da igreja dela. Na palavra, não sei se vocês acreditam, mas na palavra de Deus diz:: “Não peça justiça, peça misericórdia, porque eu tenho prazer na morte dos meus santos, mas na morte de *** eu não tenho prazer”. Aí eu entendi que a alma dela é importante e a dele também.
A senhora está com pena dele?
– Eu tenho pena dele. Mesmo ele não se arrependendo ele será condenado.
Além da confissão, a polícia falou para a senhora qual a prova que encontrou que seja ele mesmo?
– Não. Eles iam apresentar alguma coisa lá e eu também não esperei, eu saÍ. Meu ex-esposo que estava lá dentro.
A senhora acha que pelo menos como apontaram uma pessoa para assumir o crime, vocês têm um tempo para ficar um pouco mais calmos, com um pouco mais de paz sabendo quem é o autor do crime?
– Os outros eu não sei, mas eu sim. Até então eu queria até vê-lo, conversar com ele, dizer que eu perdoo, falar para ele se arrepender, porque tem uma alma pra dar conta um dia.