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Mãe de atirador presta depoimento à PC e diz não ter notado diferença no comportamento do filho

A mãe do adolescente de 14 anos que abriu fogo no dia 20 de outubro no Colégio Goyases, deixou dois mortos e quatro feridos, prestou depoimento à Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO), na Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) nesta segunda-feira (30). A mulher não concedeu entrevista ao sair do local.

À imprensa, a advogada Rosângela Magalhães não deu detalhes sobre o depoimento, mas informou que os pais não notaram nenhuma diferença no comportamento do filho nos últimos meses e que o adolescente era carinhoso.

“Esse foi o termo usado por ela, foi um choque muito grande para ela, porque o menino sempre foi carinhoso, responsável, estudioso e que nunca relatou nenhum tipo de constrangimento ou bullying que estivesse sofrendo. Então, para a família foi um choque”, disse a advogada.

Rosângela não disse onde a arma estava guardada, mas ressaltou que era em um lugar seguro. “Não estava facilmente alcançável. Nos autos consta, isso tudo vai ficar demonstrado, vai ficar provado. Na verdade, não houve negligência, mas infelizmente o adolescente teve acesso à arma. Eles tiveram com o filho no juizado, na sexta-feira, quando ele foi apresentado à juíza. Essa arma estava bem acondicionada e sempre desmuniciada, arma em um lugar, munição em outro, tudo seguro”, afirmou.

Além disso, a advogada destacou que a família não percebeu nenhuma diferença no comportamento do adolescente, como afirmam os psicólogos, que é possível perceber as alterações.

“Eu não faço diagnóstico, não faço achismos. Eu acredito que nós precisamos não simplificar essa questão, mas ao final do procedimento todo, com as perícias, com as oitivas das testemunhas que vão acontecer no juizado nas próximas semanas. Então, ao final, com a coleta de provas, talvez tenhamos uma tentativa de explicação, porque uma tragédia dessa envergadura não se explica. Na verdade, tudo que buscarmos não vai explicar uma dor tão grande assim. No entanto, eu imagino que isso sirva para que isso não se repita”, concluiu.

O caso

Um adolescente de 14 anos atirou em seis colegas de turma no dia 20 de outubro. Na ocasião, dois adolescentes morreram e quatro ficaram feridos. Dos feridos, duas jovens ainda estão internadas no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Uma delas teve uma lesão medular e ficou paraplégica. De acordo com os médicos, a lesão é permanente e ainda não há previsão de que a adolescente volte a andar.

Desde o dia 20 de outubro, as aulas do Colégio Goyases estavam suspensas. As atividades foram retomadas nesta segunda-feira (30). Tanto alunos quanto os pais receberam atendimento psicológico.

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Thais Dutra

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