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Eleições 2024
| Em 9 meses atrás

Mabel defende que Comurg mantenha gestão pública, descentralize serviços e aumente servidores

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Pré-candidato a Prefeitura de Goiânia nas eleições desse ano, o empresário Sandro Mabel (UB) disse nessa quarta-feira (10) que prefere, a princípio, que a Companhia Municipal de Urbanização (Comurg) mantenha a gestão pública, e não seja terceirizada. Admitindo que ainda não conhece “exatamente a Comurg”, ele defendeu uma avaliação detalhada do órgão.

Inicialmente, ele defendeu que a Companhia tenha mais servidores, “para ter uma cidade limpa”. Defendendo a gestão pública na Comurg, depois Sandro Mabel completou: “Só que é preciso dar condições para eles trabalharem. Não adianta ter 100 motoristas para 100 caminhões, com 50 parados”.

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As declarações vieram em entrevista durante a visita que ele fez na Câmara Municipal de Goiânia nesta quarta.

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Desencardir a cidade

Com frases de efeito, Sandro Mabel disse que está na disputa pela prefeitura para “desencardir o que está encardido” logo nos primeiros cem dias se for eleito. “Nos primeiros cem dias deixo isso limpo. Vamos dedicar todos os recursos que tivermos para mexer nisso e nessa parte de trânsito, que não custa nada, só pensar”, declarou.

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Também disse que vai propor um plano de governo que inclua “administrações regionais”, mas sem o perfil de subprefeituras. “Vou conversar com os vereadores. Subprefeitos acham que são reis. E serão gestores, nomeados com a ajuda dos vereadores, que deem condições para os servidores trabalharem”, disse o pré-candidato. Segundo avalia, esse formato deve ser aplicado também para a distribuição dos servidores. O argumento é agilizar os deslocamentos deles, aproximando os trabalhadores municipais dos locais onde prestam serviço.

Sandro Mabel falou sobre sua experiência “para colocar os recursos onde precisam ser colocados”, o que disse ser fácil. “Não tenho pretensão política de ser [candidato a] mais nada. Estou entrando pelo chamado do governador Ronaldo Caiado, que eu não queria. Ele me estimulou para uma missão”, reiterou.

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Sandro citou que tem um grande trânsito em Brasília, “independente do governo que for” o que seria um facilitador para o prefeito da Capital.

Sobre a noção a respeito da cidade, ele citou, por exemplo, que tem uma preocupação com saúde. “Não conheço exatamente, sei que não é boa, mas tenho que estudar, ver o que está faltando”, pontuou.

“Vou às 2h da manhã nos Cais”, promete Mabel

Se comprometendo a “fazer uma melhora substancial”, o pré-candidato disse que ainda tem que “entender essa solução”, mas garante que vai fazer uma fiscalização surpresa. “Vou andar, vou aparecer às 2h da manhã nos Cais. Vou dar uma xeretada num posto de saúde durante o dia, ver como é que é, sentir como está funcionando, conversar com os servidores, eles querem trabalhar”, destacou.

O pré-candidato disse que pretende elaborar o plano de governo também a partir de consultas aos vereadores. “Eles é que vão saber o que é prioridade”, frisou. Por outro lado, enfatizou que sabe dizer “sim e também não”.

‘Aula’ sobre empréstimo de R$ 710 mi

A respeito do pedido de empréstimo que o atual prefeito Rogério Cruz fez, de R$ 710 milhões, Sandro Mabel disse que ainda não tem opinião. “Vou fazer uma ‘aula’ na próxima semana com alguém que entende bastante. Ele vai fazer um raio-x da cidade, ver o crescimento da folha de pagamento, o crescimento da cidade, para ver como trazer recursos de uma área para outra e como priorizar”.

Ele evitou informar quem será o ‘professor’ e sinalizou que vai copiar ideias boas de gestores de outras cidades. Por fim, enfatizou que vai buscar o equilíbrio entre as despesas e investimentos nas áreas.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.